E assim, a rainha mais longeva de que se tem notícia, cujo casamento ultrapassou sete décadas, hoje mostrou ao mundo sua solidão.
Pela primeira vez a percebemos encurvada, como um pássaro ferido que perdeu as asas protetoras que a ampararam durante quase um centenário.
Elizabeth II é a atual Rainha do Reino Unido e de quinze outros Estados independentes conhecidos como Reinos da Comunidade de Nações, além de chefe da Commonwealth formada por 53 estados. Ela é a primeira monarca feminina soberana da Casa de Windsor e a Governadora Suprema da Igreja da Inglaterra.
Com apenas 25 anos, enfrentou não somente o pesar da perda do pai, mas a perspectiva assustadora de agora ser a rainha do Reino Unido e chefe da Commonwealth. Elizabeth nasceu em 21 de abril de 1926, em Londres.
Hoje, ela chora a perda do seu companheiro de jornada, seu porto seguro e aquele que deixava a vida mais leve para ela.
Filipe Mountbatten, Duque de Edimburgo nascido Filipe da Grécia e Dinamarca, foi o marido da rainha Elisabeth e consorte real do Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda do Norte e dos reinos da Comunidade das Nações
desde 1952 até sua morte. Ele foi o consorte mais velho e de maior
reinado na história da monarquia britânica, além de o homem mais velho
da história da família real.
Filho do príncipe André da Grécia e Dinamarca e da princesa Alice de Battenberg, nasceu na Grécia sendo membro das famílias reais grega e dinamarquesa. Ele começou a se corresponder com a princesa Isabel, filha mais velha e herdeira do rei Jorge VI do Reino Unido. Depois da guerra, recebeu permissão do rei para se casar com
Isabel. Ao se casar, Filipe recebeu o título do "Sua Alteza Real" e o título de Duque de Edimburgo.
Filipe e Isabel (ou Elizabeth) tiveram quatro filhos. Ele foi patrono de mais de oitocentas organizações e realizou diversos deveres oficiais sozinho e principalmente junto com Isabel. Ele exerceu seu papel como príncipe consorte durante 69 anos e faleceu aos 99 anos em 9 de abril de 2021, no Castelo de Windsor.
O mundo acaba de assistir as cerimônias do funeral do Príncipe Consorte. Em razão de pandemia, apenas trinta pessoas da família puderam comparecer. Em outros tempos viriam chefes de estado, políticos, amigos para lotar a linda Capela de St. George, no Castelo de Windsor, que abriga casamentos e funerais com igual pompa e circunstância.
Tudo muito solene, bonito, respeitoso e o que mais pesava nas imagens era aquela figura solitária, de preto, numa tristeza contundente - a Rainha.
Dirão que eles já viveram muito, que tiveram uma vida de luxo e mordomias, que o mundo está perdendo seres humanos numa velocidade assustadora pela pandemia... e estão certos.
Mas a mim, sempre me comove a tristeza de uma viúva, quando ama seu marido, quando forma um casal verdadeiro e quando a vida só faz sentido quando trilhada lado a lado.
Não sei se Elizabeth vai querer continuar reinando. Ou se finalmente Charles conseguirá ser Rei (pena que não ao lado de Diana).
Penso que Philip fará mais falta do que os ingleses imaginam... pelo menos para a Coroa.
Não entendo de política, nem de aristocracia. Mas entendo de sentimentos e a Rainha me comoveu com a sua dor.
Força Betinha!
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