sábado, 5 de junho de 2021

CONCLUSÕES INCONCLUSIVAS

                      Há vários meses nós, os pertencentes à “pior idade”, fomos proibidos de muitas coisas. De sair com os amigos, de viajar, frequentar academia, tomar café no shopping, ir ao cinema, teatro, etc., enfim, quase tudo que nos dava prazer. Até mesmo de abraçar nossos queridos com a regularidade antiga e tão necessária.

                  Pelo menos não fomos proibidos (ainda!) de pensar, de ler, de nos informarmos, de tirarmos nossas próprias conclusões. Ainda que manifestá-las seja bem questionável, já que o mundo está cheio de “donos da verdade”.

                 Pois então, nas minhas leituras diárias de vários jornais, tenho acompanhando o empenho dos políticos em encontrar culpados ou responsáveis para esse flagelo humanitário que estamos vivendo, com quase meio milhão de famílias brasileiras chorando seus mortos. Existirá um culpado? Omissão continua sendo pecado? Quando não há intenção a culpa diminui? Um trabalho complicado, onde julgadores e julgados possuem contas a acertar e tudo vira um bate-boca pouco conclusivo.

              Testagem em massa, vacinação em massa, isolamento social, uso obrigatório de máscara, higienização constante das mãos e dos ambientes, enfim, esse mantra qualquer criança já decorou e, se fosse seguido, certamente estaríamos voltando àquela vida que nem nos dávamos conta de que era tão boa.

               Uma notícia recente despertou minha atenção. O Presidente dos Estados Unidos encarregou a CIA de descobrir a origem desse vírus maldito que está ameaçando a humanidade. Terá passado do morcego para o ser humano, que o consome (agrht) ou tem contato com ele? Ou terá escapado acidentalmente de um laboratório? E por que alguém estaria manipulando esse coronavírus? E se ficar provado que foi isso que aconteceu, o que sucederá? Parece que essas perguntas são ainda mais importantes que as que se fazem em Brasília.

               Vivemos tempos conturbados, de muitas perguntas e poucas respostas. Inclusive, acompanhando os trabalhos do plenário da Câmara e do Senado, não dá para deixar de pensar: que trabalho leve o deles! Só batendo boca, discutindo e ganhando rios de dinheiro! E cheios de mordomias, assessores, seguranças, carros oficiais, mansões. Nos países do Primeiro Mundo os políticos são apenas funcionários e vivem como os demais, vão ao supermercado, andam de metrô, de bicicleta, como pessoas normais que são. Aqui não. Parece que ocupam um pedestal e se acham acima de todos, esbanjando o dinheiro que falta na mesa do povo, principalmente agora.

              Tempos difíceis nosso povo, já tão sofrido, terá até as próximas eleições, com aquela terrível lavação de roupa suja nas redes sociais, desacatos, inimizades, brigas até entre familiares, por quem não merece.

           E as perguntas continuarão sem resposta. E as conclusões permanecerão inconclusivas.

            Que, pelo menos, esse vírus seja derrotado, com o auxílio da Ciência e a responsabilidade de cada cidadão.

                  Porque o tempo está passando...


 

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