“A vida é combate, que os fracos abate, que os fortes, os bravos, só pode exaltar. ” Um verso icônico do famoso poema de Gonçalves Dias que hoje, mais do que nunca, se atualiza.
Precisamos nos reinventar, renascer das cinzas, tentar encontrar a saída desse caos que a pandemia vem causando, deixando imensas feridas e grandes lacunas, difíceis de serem preenchidas.
É muito difícil viver com a morte rondando, mesmo que a gente saiba que esse é o destino de todos os seres vivos. Sabíamos que morreríamos um dia, mas podíamos viver plenamente enquanto estivéssemos vivos. Hoje não. Nunca se sabe quem será o próximo e como esse vírus traiçoeiro irá agir nesta ou naquela pessoa.
Mais de um ano de medo, tentativa de isolamento, máscaras e tudo ruindo ao redor, com a economia do país despencando assustadoramente e a pandemia atingindo números catastróficos.
O que fazer? A vida se transportou para as telas e até vídeos de pessoas comendo são acessados frequentemente, na busca de entretenimento e fuga das preocupações. Vemos atores e atrizes cozinhando (até o Fagundes e o Ari Fontoura!), outros contando histórias, isolando-se em sítios cheios de árvores e animais e filmando tudo. Gente tricotando, fazendo bolos e quentinhas para vender ou doar, gente escrevendo livros, fazendo ginástica na sala de casa, assistindo filmes e séries o dia todo na TV, lendo muito, ou não lendo nada, mudando de canal na TV freneticamente, enfim, sem falar nas tais aulas on-line, no ensino remoto que se institucionalizou no país, enfim, o povo está reinventando a vida e a rotina de uma população amedrontada.
Chego a ter pena de quem está governando municípios, estados e o país. Que tiro pela culatra hein?! Dirigir um país, ou parte dele, onde não há trabalho, nem dinheiro, nem vacinas e a fome só aumenta deve ser bem difícil! Atender a Saúde e os empregos ao mesmo tempo deve ser uma tarefa inglória. Nem precisavam brigar e envolver a política em tudo, pois já está suficientemente ruim.
Os profissionais da Saúde não conseguiram modificar sua rotina, nem inventar outras formas de viver na pandemia. Para eles sobrou o pior, o aumento absurdo de doentes e de óbitos, o cansaço extremo, o esgotamento, a desesperança e o medo de que faltem insumos, oxigênio e o básico para os atendimentos paliativos, que não curam, mas diminuem o sofrimento dos pacientes.
Pena que alguns teimem em continuar se aglomerando, fazendo festas clandestinas, desafiando as leis. A gente sabe que está ruim para todo mundo. As crianças querem voltar a brincar com os amigos, os jovens querem dançar, cantar, namorar, os adultos querem viajar com a família, os idosos querem abraçar os netos, enfim, todo mundo está sofrendo, no entanto, não será burlando a fiscalização que sairemos dessa.
Precisamos perseverar nos cuidados até que a maioria do povo seja vacinada e os números comecem a cair, desacelerando essa pandemia que já levou tanta gente boa.
Vai passar! Há de passar! Enquanto isso, que tal fazer um bolo gostoso hein?!
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