Mais uma vez, o Dia das Mães terá uma comemoração tímida e incompleta para muitas mães.
Deixando de lado essa minoria que maltrata, ou é conivente com maus tratos e abusos dos filhos e que nem merecem ser chamadas de mães, a grande maioria das mães tem vivido tempos bem difíceis nesta pandemia.
A realidade está pesada para todos, no entanto, é sempre mais difícil para quem cuida dos filhos, quer protegê-los ou sofre com saudades deles. Também sou mãe e sei bem como é não poder se aproximar do filho distante e viver com medo que eles se contaminem e adoeçam.
Minha homenagem especial, neste ano, vai para as mães profissionais de saúde – verdadeiras mártires da pandemia – que voltam para casa sempre com medo de abraçar os filhos, com o rosto marcado e com a alma triste de ver tanto sofrimento no hospital. Mesmo seguindo todos os protocolos, elas sentem muito temor de levar o vírus para casa. E as mães delas sofrem por sabê-las expostas e tão cansadas!
Depois, gostaria de abraçar as mães que perderam seus filhos, ou cujos filhos estão lutando pela vida nos hospitais. Que encontrem Fé e Força para serem confortadas, num tempo em que nem mesmo o abraço dos amigos elas podem receber.
Penso muito nas mães que estão desempregadas, muitas delas sem marido e sem comida para dar aos filhos. Ver uma criança passar fome e não ter um pão para oferecer a ela deve ser um sofrimento terrível para uma mãe. Que pessoas boas lhes estendam a mão!
E as mães que estão doentes, sem saber se conseguirão voltar para casa, distanciadas dos filhos talvez para sempre... que Deus as proteja e conforte!
Parabéns às mães que foram professoras o ano inteiro, que conseguiram proteger sua família sem arriscá-los, cuidando para que eles ficassem protegidos e não se atrasassem nos estudos. E as mães professoras, que se desdobraram para cuidar dos filhos e ainda dar aulas na sala de casa, lutando por espaço e silêncio.
Minha homenagem às mães que aprenderam a cozinhar, fazer bolos, crochê, ginástica, tudo em casa, lavando máscaras, dando banho em frutas e legumes, passando álcool em tudo, enquanto esperam a vacina chegar e a pandemia arrefecer.
Neste Dia das Mães atípico, onde muitas mães só conseguirão ver os filhos através de uma tela de computador ou celular, minha homenagem e meu abraço a elas, pedindo que não percam a esperança, que tudo isso um dia há de passar e que o mundo há de se preparar melhor para enfrentar esses vírus, que volta e meia aparecem e dizimam a humanidade.
Um possível Feliz Dia das Mães a todas as mães, ainda que as flores, os doces e os abraços precisem ser mais uma vez virtuais.
Que em 2022 a gente possa voltar a festejar essa e outras datas como nosso povo gosta, cheia de abraços, beijos e carinho!
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