Depois de um ano dessa terrível pandemia de Covid-19, as palavras de ordem para a humanidade são essas: paciência e esperança.
Paciência para suportar mais um tempo, que pode ser longo, até que pelo menos 70% da população mundial seja vacinada e o vírus dominado. Para que a gente continue sem poder abraçar os amigos, sem viajar, sem ir a festas e ande com medo em todos os lugares onde tiver mais de meia dúzia de pessoas. Para continuar fazendo uso de florais e até remédios mais fortes, lutando para não se deprimir, resistindo às perdas, vivendo sem planos e sem o direito de sonhar, suportando as disputas políticas nas redes que deveriam ser sociais e preencherem um espaço enorme causado pelo isolamento, enfim, muita paciência para esperar as sonhadas vacinas, até agora a única esperança concreta de dias melhores e que vem em doses homeopáticas, demorando a chegar até onde nós estamos.
Muita sabedoria se perdeu com as mortes dos mais velhos das famílias e decerto muito ainda se perderá. Tomara que os mais jovens busquem aprender nos livros o que os mais velhos ensinavam e não apenas nos seus telefones celulares.
Para algumas famílias, tomara que poucas, a morte dos idosos foi até um livramento, pois puderam deixar de cuidar de quem cuidou de tantos, principalmente quando o idoso não possuía uma aposentadoria suficiente para bancar as necessidades crescentes da pior idade.
Os sobreviventes dessa pandemia têm o dever de serem melhores, mais humanos e solidários, menos individualistas e menos apegados aos bens materiais. O critério dominante não se mostrou sensível às contas bancárias e sim à idade, quanto mais velhos, mais riscos e mais mortes. E, apesar de saberem disso, muitos jovens continuaram desafiando os protocolos e infectando seus familiares.
As crianças, os adolescentes e os jovens precisam da convivência nas escolas, não suportam mais ficar em casa, mas muitas famílias têm receio... com razão!
Seria preciso vacinar todo mundo, comprar todas as vacinas aprovadas no planeta, produzir nossas próprias vacinas! Aí sim a volta à escola seria segura para os alunos, as famílias e a comunidade escolar.
Fica aqui mais um conselho aos governantes das futuras gerações: invistam em Educação, em Ciência, em Tecnologia, na Saúde do povo. Este é o melhor e mais vantajoso investimento sempre! Quem corta verbas dessas áreas acaba condenando seu povo a morrer nas epidemias que volta e meia acontecem e quebrando a economia do país tentando remendar as deficiências, além de precisar mendigar remédios e vacinas aos outros países. E, nesse aspecto, os países ricos sempre levarão vantagem sobre os mais pobres. Por isso, a importância de um incentivo à Ciência, à pesquisa e à autonomia. Temos gente inteligente e capaz em nosso meio, o que falta são recursos e apoio para que possam desenvolver seu potencial e não precisem migrar para outras nações.
Paciência e esperança! E aprendizado também!
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