Lembra quando você tinha que sair escondido (a) dos filhos porque eles sempre queriam ir junto?
Depois, quando precisávamos quase obrigá-los a sair conosco, uma vez que eles sempre preferiam ficar com os amigos, ou com seus jogos e tecnologias?
A vida não para, o tempo passa, as pessoas mudam, a realidade de cada um se transforma e precisamos entender as mensagens que nos são passadas, às vezes subliminarmente, para nos colocarmos no lugar certo nessa caminhada.
Hoje, chegou a vez dos filhos aconselharem viagens e passeios aos pais, como se soubessem que o tempo deles é curto e o destino incerto.
Tem que aproveitar! Tem que se priorizar! Tem que experimentar! Tem que ser feliz a qualquer custo! É uma forma de amor também, embora nem sempre seja fácil ser feliz por decreto e as condições nem sempre permitam extravagâncias e ousadias.
Quando somos jovens e saudáveis, os compromissos e os filhos pequenos nos sufocam e impedem a maioria das realizações dos nossos sonhos. Claro que tem suas compensações e não são poucas!
A questão é que uma luzinha de alerta se acende dentro da gente quando a insistência para que aproveitemos a vida se torna constante. Será que o nosso tempo passou depressa demais e nem percebemos? Será que o fim está próximo? Será que... será?!
A verdade é que nenhuma viagem, nenhuma festa, nenhum passeio será igual ao tempo em que tínhamos um corpo bonito e perfeito e a vida toda pela frente.
Nem todos aceitam essa passagem do tempo, nem todos entendem as mensagens cifradas da prole e vivem fazendo planos para daqui a muito tempo. Quem sabe não estão certos e o melhor a fazer seja isso mesmo. Vai-se saber!
Por enquanto, continuamos na luta para sair dessa pandemia, lamentando um tempo precioso que foi definitivamente perdido entre quatro paredes.
Quando tudo passar - e há de passar! – a gente retoma o que foi interrompido e o que ainda dá para tentar realizar.
Sem perda de tempo!
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