Paciência nunca foi o meu forte. Com o passar dos anos melhorou um bocadinho, no entanto ainda sou uma pessoa que não gosta de esperar. Um pouco disso se deve ao fato de eu ter sido sempre muito pontual, o que me deixa com dificuldade para entender e aceitar o atraso dos outros, alguns costumeiros.
Nesse ano fatídico de 2020 (números repetidos sempre me trouxeram azar) tenho exercitado o pouco de paciência que me resta quotidianamente. Garanto a vocês que não tem sido fácil!
Para quem nunca gostou de telefonemas, “selfies” e “lives” essa história de fazer tudo “on-line” tem sido um martírio! Como se não bastasse precisar se limitar a ver o próprio filho apenas numa telinha, agora preciso participar de reuniões dessa forma, com gente que teria muito a dizer, mas que fica limitada aos minutinhos em que é autorizada a abrir seu microfone.
E andar na rua então? Virou pecado mortal, com medo de tudo e de todos e ainda se sentindo culpada, mesmo que tivesse real necessidade de sair.
Quando será que teremos direito de espirrar com os ventos primaveris, ou de sentir alguma ardência na garganta pelo ar condicionado sem achar que já estamos com Covid?
Quando deixaremos de medir nossa temperatura, nossa oxigenação e nos testarmos para ver se ainda temos olfato e paladar?
Quantas brigas poderiam ter sido evitadas se as pessoas não precisassem preencher seu tempo vazio nas redes sociais?
O que mantém os mais velhos motivados para viver é a companhia dos mais jovens, que agora se afastam para protegê-los. E o resultado disso não é nada bom.
Não vejo a hora de poder viajar, ir à praia, ao cinema, ao restaurante. Sei que muitos já fazem isso, no entanto, não quero fazer nada com medo, porque o sabor não seria o mesmo.
Claro que geralmente as vacinas demoram um tempo maior para serem testadas e produzidas. Só que os pesquisadores e cientistas não conseguem cumprir esses longos prazos vendo a humanidade ser dizimada por esse coronavírus. Então, graças à dedicação deles, parece que as vacinas vão chegar. Não uma, mas várias. E, pasmem, há quem se recuse a tomá-las! Somos um país de terceiro mundo e, no momento, sem relações muito amistosas com os do primeiro. Resta saber quanto tempo levará até que chegue a nossa vez de sermos imunizados.
Não vejo a hora de poder andar sem máscara e sem medo.
Se é que algum dia poderemos realmente voltar à nossa antiga vida, que nem sabíamos que era tão boa.
Mesmo com adaptações, o “novo normal” há de ser melhor do que o que estamos vivendo agora.
Se Deus quiser!
Um comentário:
verdade,jamis imaginavamos passar por uma pandemia mundial.fez refletirmos por tudo que posuimos e nunca nos detivemos para valorizar.Se vai ou não passar logo,depende de cientistas aprimorando vacinas sem interesse plítico,e sim pelo bem da humanidade.Só peço que eu sobreviava a isto para poder continuar minha jornada,só Deus tem este poder,então que me proteja .
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