É fato que as redes sociais têm sido a nossa sala de visitas nesse ano. O café com os amigos, a cerveja no bar, os encontros profissionais e religiosos e até as visitas familiares, tudo foi cancelado ou adiado para sabe Deus quando, por conta dessa triste e perigosa pandemia, que parece ter resolvido diminuir a população do mundo neste ano.
Só que, ao invés das redes sociais nos unirem, em muitos casos elas até conseguem nos separar.
A começar pelas preferências: Facebook, Messenger, WhatsApp, Instagram, Twiter, Linkedin, sem falar nas “lives” e nos encontros on-line. O computador e o celular, antes dominados apenas pelos mais jovens, agora são inseparáveis junto aos mais velhos também, principalmente naqueles chamados “grupos de risco” que, por isso mesmo, ficam isolados do mundo e de todo mundo. Cada internauta tem sua preferência por essa ou aquela rede social, alguns usam todas e raros continuam sem usar nenhuma delas.
Seria muito bom se elas fossem realmente sociais e aproximassem esses seres humanos isolados! Infelizmente, o que se vê são também relações antissociais, permeadas por brigas, ofensas, disputas, tudo isso ainda recheado pela praga do momento – as abomináveis “Fake News”, notícias falsas plantadas por gente inescrupulosa exatamente para causar discórdia ou encobrir erros de um e de outro.
Para um bom observador, é possível perceber que cada pessoa, ou cada grupo habita uma “ilha”. São mundos diferentes e bem separados. Poucos são os que mesclam os assuntos, variam as postagens tentando agradar uns e outros. A grande maioria se mantém fiel ao rumo que decidiu tomar. Uns tratam única e exclusivamente da política; outros só falam na pandemia; há os que preferem postar mensagens religiosas, de fé e esperança na salvação e na cura dessa doença; temos ainda os que isolam na poesia, na música, na literatura e se fecham para qualquer outro assunto; por amor e saudade alguns enfeitam suas páginas com sua descendência; há também quem prefira publicar lindas paisagens, lugares paradisíacos onde todos gostariam de estar; não faltam grupos de receitas culinárias, vistas, copiadas e raramente reproduzidas e também os que não deixam de dar Bom Dia e Boa Noite.
Enfim, são vários grupos construindo mundos separados, às vezes estanques, numa proximidade difícil entre eles.
Se pudessem se ajudar mais, se apoiar, dar força e esperança uns aos outros, misturar os assuntos e as preferências certamente as redes sociais cumpririam melhor o seu papel.
Não custa tentar!
Tempo é que não nos falta...
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