Quero deixar claro que este texto se refere aos homens “normais”, que tiveram boa educação, valores, formação profissional. Marginais, trogloditas, covardes estão fora do contexto que pretendo abordar.
Não sou psicóloga, no entanto, observo bastante o comportamento humano, por vício de escrita, ou porque me interesso pelas relações interpessoais.
Nesses dias que passei no hotel com a família, mesmo envolvida com a mãe e as crianças, ainda pude observar um comportamento que já me chamara a atenção em outras ocasiões.
Minha mãe, com seus quase cem anos de experiência, costuma dizer que os homens são joguetes eternos nas mãos das mulheres e que as mulheres espertas fazem dos homens aquilo que quiserem, principalmente se usarem seus dotes naturais e suas armas secretas. Ela acha sempre que os homens são eternos meninos, eternos Adõesseduzidos pela Eva e seus dotes de serpente.
Não chego a tanto, mas é fato que todos conhecemos histórias de filhos que abandonaram seus pais, seus irmãos por conta de uma esposa maquiavélica, que conseguiu esfacelar a família do marido e, muitas vezes, afastar as crianças do convívio com a família paterna. Claro que você conhece um caso assim! Daí chamam o homem de “banana”, porque não se impõe, porque não se faz respeitar, porque cede. Mas sabe-se lá que inferno ele tenta evitar com essas omissões! E o quanto lhe custa e o faz infeliz!
Pois bem, no hotel havia muitos empresáriose profissionais liberais bem sucedidos, com carrões potentes e caríssimos, gente que só de bater os olhos a gente já imaginava muitos dígitos na conta bancária. Geralmente era nessas famílias que as crianças gritavam mais, reclamavam mais, desperdiçavam comida, viviam aos berros. E onde as mulheres já tomavam o café da manhã cheias de joias, roupas caras, saltos altos.
Nessas rodas da fortuna os homens eramquase todos obesos, com barrigões enormes, calvos, de pés inchados e estavam sempre com um copo de bebida na mão. Alguns ainda fumavam! As mulheres magras, malhadas, elegantes, com botox, plástica e tudo o mais só servindo os maridos de mais e mais uísques, caipirinhas, cervejas, tira gosto bem gorduroso e salgado ou enormes pratos de sobremesa. Como se o importante fosse o provedor ficar contente, bem humorado, “aproveitando” a estada, sem reclamar das idas da mulher à boutique ou ao SPA.
Bastava olhar para aqueles homens e a gente já previa um infarto, um AVC, um diabetes para daqui a pouco. No entanto, se eles riam , contavam piadas, comiam, bebiam e fumavam, se preocupar pra quê?!
Daí fiz uma analogia. Nos grupos de ginástica, de viagens, de passeios da terceira idade noventa por cento são mulheres... viúvas! Desfrutando o que resta de vida com a pensão que recebem dos maridos. Nas classes mais altas, mulheres cruzam os mares conhecendo o mundo, sozinhas, com os bens que herdaram daquele gordo feliz, que exagerava na comida e na bebida com seu cigarrinho companheiro.
Por que os homens não se cuidam?! Por que não se motivam para praticar uma atividade física, comer comida saudável, abandonar os vícios, procurando uma qualidade de vida melhor no futuro? Por que acham mais fácil amenizar as frustrações comendo, bebendo, fumando? E por que suas companheiras não os incentivam mais, não os estimulam para uma vida mais saudável, assim como fazem com elas próprias?
Será que os homens são realmente eternos meninões?!
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