sexta-feira, 23 de setembro de 2016

TEMPO PARA QUÊ?



                            Mesmo se soubéssemos exatamente quanto tempo ia durar nossa vida, nossa passagem por esse mundo, mesmo assim não conseguiríamos equacionar o tempo de maneira a conseguir fazer tudo o que nos propomos e o que sonhamos.
                           Parece que apenas as pessoas que se veem diante de uma sentença de morte (como se todos nós não a tivéssemos desde que nascemos), com um diagnóstico de uma doença incurável, dessas cruéis com prazos, parece que só essas pessoas conseguem olhar para a vida da forma que todos deveriam olhar, sabendo que é passageira, que não dura para sempre e que é muito frágil.
                          Trabalhar como um remador de Benhur, chegar em casa exausto, tomar um banho, engolir qualquer coisa e cair na cama, sendo acordado por um despertador que dá sempre a impressão de estar adiantado, isso lá é vida?!
                          Passar dia e noite varrendo, espanando, lustrando, limpando coisas que vão durar bem mais do que as pessoas também não parece uma boa opção.
                          Caminhar a esmo, entrando e saindo de lojas, comprando coisas desnecessárias, se enchendo de dívidas que vão lhe azedar o sono, será uma boa opção?
                          Tempo é bom para conversar com os amigos, relembrando tempos agradáveis, contando aventuras e peripécias, sorrindo, olho no olho.
                          Tempo bem empregado é aquele que dedicamos às crianças, ouvindo com atenção suas histórias, ensinando, brincando, acarinhando.
                          Tempo muito necessário é o dedicado aos adolescentes e jovens, tão inseguros no início da caminhada sozinhos, cheios de dúvidas e incertezas.
                          Tempo precioso é aquele que compartilhamos com os idosos, amenizando o final da sua jornada e usufruindo da sua experiência.
                          Tempo de escolher e cozinhar os alimentos mais saudáveis para a família, de sovar o pão, de se reunir ao redor da mesa numa verdadeira refeição.
                          É preciso tempo para ler, para ouvir música, para assistir filmes, para alimentar o espírito que não vive de comidas, nem de compras.
                         Mais tempo de compreensão e menos tempo de brigas e discussões infrutíferas.
                         Tempo é bom para descansar, para ser feliz, para curtir os seus queridos, para chegar ao fim da jornada sentindo que tudo valeu a pena, que a passagem foi boa e que as sementes que plantamos certamente vão vingar e dar belos frutos.
                         Para isso sim valeu o nosso tempo!



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