terça-feira, 27 de setembro de 2016

DEPOIS DA TEMPESTADE...



                    Depois da tempestade, a bonança. Depois da chuva, o sol. Depois do inverno, a primavera.
                    É bom acreditar e esperar um depois que há de vir carregado de esperanças. Um amanhã que se espera mesmo por toda a vida.
                    Acreditar que a tormenta passará. Que se abrirá um céu azul cheio de paz...  Acreditar que após uma noite escura de vigílias, há de nascer um dia lindo, brilhante e promissor.
                    Nada se transforma assim, do dia para a noite. Mas ameniza, acalma, permite ao espírito desanuviar e à respiração encontrar seu caminho até o fim dos pulmões.
                    Os conselhos, as preces, o carinho dos queridos, tudo ajuda.
                    A noite foi mais dormida, o sol melhor recebido e até sobrou uma vontade de admirar as flores na sacada.
                    O ar ficou mais leve, o peito menos apertado e uma calmaria possível foi se instalando de mansinho.
                     Nada é perfeito num mundo imperfeito, repleto de seres imperfeitos. Mas é bom quando tudo se torna tolerável, vivenciável, mais perto da tranquilidade tão necessária a algumas pessoas, notadamente a mim.
                    Já olho com ternura e promessa para o piano, já penso no que preparar para o filho aniversariante, volto a me ocupar com o lançamento dos livros na Feira do Livro de Porto Alegre, reflito até sobre as eleições municipais.
                     Ainda não estou inteira, reconstruir demanda muito mais empenho e habilidade do que destruir, no entanto, decido-me até a marcar os tantos exames que o filho cardiologista me solicitou. Afinal, deixar de fumar e engordar tanto traz um ônus considerável à saúde também.
                     É isso. Vou ensinar Português para a Bruna, fazer os serviços domésticos e agradecer ao meu bom Deus e à Santa Terezinha por me colocarem em pé novamente.
                     Obrigada, sobremaneira, aos amigos queridos que me estenderam a mão para sair do buraco em que a vida tinha me jogado.
                    “A vida é combate, que aos fracos abate, aos fortes, aos bravos, só faz exaltar.”





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