quarta-feira, 7 de outubro de 2015

ESPERANÇA




No mês dedicado às crianças, o tema esperança parece adequado, uma vez que já disse alguém que “cada criança que nasce é uma prova de que Deus ainda não perdeu a esperança nos homens”.
Para os católicos, o Dia de Nossa Senhora Aparecida -padroeira do Brasil – também encerra muito desse sentimento, que norteou os pescadores ao encontrarem sua imagem. O Brasil está sempre precisando de esperança; é ela que impulsiona seu povo para enfrentar tantas dificuldades.
Quero me referir, aqui, à esperança de uma maneira geral, em todas as suas nuances. Esperança de dias melhores, esperança de um governo justo, de vida após a morte, de sentido para a vida e por aí afora.
As religiões são focos irradiadores de esperança, enquanto a ciência é pródiga em negar tudo aquilo que nos ensinaram nas igrejas e que nos mantém realmente vivos. A cura das doenças é muito importante, todavia, se não encontramos um sentido para a vida e para a morte, pouco nos pode ajudar. A teoria evolucionista, o Big Bang, o Nada, o Caos, tudo isso é totalmente desprovido de esperança e não pode motivar a humanidade a nada produtivo.
Vivemos em um mundo desumanizado, em que países morrem à míngua, enquanto outros esbanjam e querem sempre mais. A sociedade pouco ou nada se importa com seu semelhante, os carrões passam acelerando pelos papeleiros, jogando lama neles e ainda reclamando de sua lentidão ao puxar os pesados carros, como burros de carroça. Abarrotam seus carrinhos de supermercado e negam a moedinha que a criança faminta pede, com a mão estendida.
As drogas destroem a juventude, tanto a rica quanto a pobre. Os que compram e os que vendem entregam sua saúde e sua vida aos grandes traficantes que, por sua vez, gerenciam o crime organizado, responsável pelo flagelo de uma parcela expressiva da sociedade, onde todos são reféns.  A desagregação familiar é a grande responsável pelos caminhos tortuosos da sociedade, lembrando que agregar não significa apenas permanecer junto, mas con-viver de maneira harmoniosa e responsável.
                Acidentes de todas as formas, violência, fanatismos religiosos, guerras, mortes, destruição, pedofilia, abusos, desgoverno, corrupção, desvio de recursos para defender a infância, as escolas e a saúde; enfim, um quadro onde só se pode temer e lamentar pelo mundo que deixamos para essas crianças, com um planeta devastado e um ser humano cada vez menos humano.
O que dizer, então, às CRIANÇAS no seu dia? A quem citar? Onde buscar lições de otimismo? Quem nos devolverá a esperança?
Elas mesmas são a esperança em sua melhor forma. E precisam saber que podem dormir tranquilas, pois os adultos cuidarão para que não lhes falte comida, amor, brinquedos e um futuro promissor, num planeta menos poluído, com pessoas menos gananciosas. Além disso, o Papai do Céu não há de esquecê-las, pois Jesus já falou que é delas o reino dos Céus.
Não deixe sua esperança morrer!






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