No mês dedicado às crianças, o tema esperança
parece adequado, uma vez que já disse alguém que “cada criança que nasce é uma
prova de que Deus ainda não perdeu a esperança nos homens”.
Para os católicos, o Dia de Nossa
Senhora Aparecida -padroeira do Brasil – também encerra muito desse sentimento,
que norteou os pescadores ao encontrarem sua imagem. O Brasil está sempre
precisando de esperança; é ela que impulsiona seu povo para enfrentar tantas
dificuldades.
Quero me referir, aqui, à esperança de uma maneira geral, em
todas as suas nuances. Esperança de dias melhores, esperança de um governo
justo, de vida após a morte, de sentido para a vida e por aí afora.
As religiões são focos irradiadores de
esperança, enquanto a ciência é pródiga em negar tudo aquilo que nos ensinaram
nas igrejas e que nos mantém realmente vivos. A cura das doenças é muito
importante, todavia, se não encontramos um sentido para a vida e para a morte,
pouco nos pode ajudar. A teoria evolucionista, o Big Bang, o Nada, o Caos, tudo
isso é totalmente desprovido de esperança e não pode motivar a humanidade a
nada produtivo.
Vivemos em um mundo desumanizado, em
que países morrem à míngua, enquanto outros esbanjam e querem sempre mais. A
sociedade pouco ou nada se importa com seu semelhante, os carrões passam
acelerando pelos papeleiros, jogando lama neles e ainda reclamando de sua
lentidão ao puxar os pesados carros, como burros de carroça. Abarrotam seus
carrinhos de supermercado e negam a moedinha que a criança faminta pede, com a
mão estendida.
As drogas destroem a juventude, tanto
a rica quanto a pobre. Os que compram e os que vendem entregam sua saúde e sua
vida aos grandes traficantes que, por sua vez, gerenciam o crime organizado,
responsável pelo flagelo de uma parcela expressiva da sociedade, onde todos são
reféns. A desagregação familiar é a
grande responsável pelos caminhos tortuosos da sociedade, lembrando que agregar
não significa apenas permanecer junto, mas con-viver de maneira harmoniosa e
responsável.
Acidentes de todas as formas, violência, fanatismos religiosos, guerras, mortes, destruição, pedofilia, abusos, desgoverno, corrupção, desvio de recursos para defender a infância, as escolas e a saúde; enfim, um quadro onde só se pode temer e lamentar pelo mundo que deixamos para essas crianças, com um planeta devastado e um ser humano cada vez menos humano.
O que dizer, então, às CRIANÇAS no seu dia? A
quem citar? Onde buscar lições de otimismo? Quem nos devolverá a esperança?
Elas mesmas são a esperança em sua
melhor forma. E precisam saber que podem dormir tranquilas, pois os adultos
cuidarão para que não lhes falte comida, amor, brinquedos e um futuro
promissor, num planeta menos poluído, com pessoas menos gananciosas. Além
disso, o Papai do Céu não há de esquecê-las, pois Jesus já falou que é delas o
reino dos Céus.
Não deixe sua esperança morrer!
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