Dia desses, andando com Bruninha pelo
hipermercado, parei diante de uma prateleira cheia de coelhinhos de pelúcia e
perguntei a ela de qual ela tinha gostado mais. Sempre diferente e ligeira,
disse que preferia um pato (na verdade uma pata de lencinho na cabeça e
avental) que se escondia entre os coelhos. Eram brinquedos importados, nem sei
bem de que país, diferentes, artesanais.
Pois bem, puxei o pato (vou continuar
chamando no masculino como ela) pelo pescoço e dei um grito, pois ele se
retorceu todo e começou a grasnar em alto e bom som, assim como os gansos fazem
quando entra alguém na casa onde vivem (será que não é uma gansa?). Todo mundo
se virou para ver o que era aquele barulho inusitado e depois caímos todos na
risada. É claro que a Bruna não largou
mais a tal ave e então descobrimos um tal botãozinho na mão enluvada dela que
faz o bichinho (não é tão pequeno) dançar, cantar e se retorcer todo. Foi a
sensação da noite! Até a Bisa (velho é tão criança!) só queria saber de fazer o
“pato” dançar.
Para preservar o brinquedo e fazer com
que dure mais um pouco, depois que o netinho também se esbaldou com ele,
guardei o pato numa estante alta no quarto do Kadu. E eles se esqueceram do
coitado, pois sempre surge algo novo para diverti-los.
Hoje cedo, estava rezando para um
momento importante na vida de um filho, para que ele atingisse seus objetivos e
lembrei-me de um grande amigo que se foi cedo demais e era padrinho dele. Sem
grandes convicções, pensei que ele poderia dar uma mãozinha ao afilhado, do
lugar onde estivesse.
Nesse momento, só eu e Pitty (a
cachorrinha) em casa ...
Tchan... Tchan... Tchan...
O
pato começa a cantar e a se rebolar, aos gritos na casa silenciosa!
E agora?
Precisei apertar o tal botãozinho para
ele parar, sinal de que não foi um curto circuito (pilha terá isso?).
Bem, estou arrepiada até agora e deixo
a interpretação para quem entende melhor dessas coisas do Além.
Já pensaram se isso se repete no meio
da noite?
Crônica do meu livro "Simplesmente Maria".
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