Em clima de alerta:
O ano de 2014 pode representar, no futuro, um marco da
conscientização a respeito das mudanças climáticas.
Junho deste ano foi o mais quente desde 1880.
Os três países não signatários das convenções do clima são
Estados Unidos, Vaticano e Andorra.
Evidências científicas comprovam que a terra está febril e
que a culpa é nossa, pela emissão de gases causadores do efeito. Mesmo que
parassem todas as emissões pelos próximos cem anos ainda sentiríamos os
efeitos.
A elevação da temperatura é associada a riscos crescentes de
eventos climáticos extremos, infestação de doenças associadas a mosquitos,
falta de água e alimentos.
Sintomas: entre janeiro e fevereiro Santa Catarina teve a
maior onda de calor desde 1911. São Paulo sofre com a falta de água. Enchentes
na região Sul, secas no Sudeste, riscos de desertificação em regiões da
Amazônia e do Nordeste.
O Brasil é o celeiro do mundo, poderíamos aproveitar este
momentos para produzir mais comida. Para isso, precisaríamos de uma nova
revolução verde, investindo em técnicas de biologia molecular.
80% do aumento de emissões dos gases do efeito estufa se
deve à queima de combustíveis fósseis, o que torna a questão do aquecimento
global um problema no uso de energia.
Medidas baratas, como proteger os mangues, podem ser tão
eficazes como construir caríssimos diques para conter a elevação dos níveis dos
oceanos.
Se a sociedade quiser virar as costas e achar que esse problema
não vai chegar na sua casa será um grande engano, porque isso já está no
quintal de todo mundo. É um fenômeno global. Não tem como escapar.
Doenças climáticas: malária, dengue, cólera, pedras nos rins
(pela desidratação).
O Brasil é claramente um dos exemplos mais importantes do
mundo quando se trata de combater a mudança climática e vocês devem ser
elogiados – e copiados. Falo sobre a política brasileira para reverter o
desmatamento, que já foi reduzido em 70%.
Trechos da entrevista publicada no DC, com RAJENDA PACHAUR.
Presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças
Climáticas.
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