terça-feira, 6 de maio de 2014

QUEM TUDO QUER, TUDO PERDE.




                      Os ditos populares, muitas vezes baseados em fábulas, em moral da historia e congêneres, têm sempre muita razão de ser. Pois a voz do povo é sábia.
                     Voltando ao caso do menino Bernardo, amplamente abafado pela mídia, tudo correndo em segredo de justiça quando devia ser escancarado para a indignação pública, lembrei da galinha dos ovos de ouro do gigante da historia do “João e o pé de feijão”. Ávido por mais e mais ouro, ele não quis esperar a galinha botar um ovo de ouro por dia e a matou, imaginando encontrar um tesouro em sua barriga. Ficou sem nada.
                    A madrasta do pobre menino, para não ter que repartir com ele os bens do marido, o matou covardemente. Com isso, perdeu a liberdade, perdeu o marido, perdeu todos os bens e até a guarda e a companhia da filhinha de pouco mais de um ano. Pra ganhar mais, só perdeu!
                   Volta e meia nos deparamos com pessoas excessivamente ambiciosas, ainda que nem todas possuam o instinto assassino e o caráter defeituoso da mulher que este pai aproximou de seu filho.
                  Tomara que o pai tenha sido apenas ausente e negligente! Mais triste será se for comprovada a sua participação efetiva no infanticídio.
                  O que passa pela cabeça de uma pessoa quando valoriza mais os bens materiais do que a vida humana?
                 Será que pensam em levar no caixão a fortuna amealhada em falcatruas pela vida?  Mesmo que seja dinheiro ganho com trabalho, nada disso cabe nos bolsos do defunto!
                  Que impossibilidade é essa de amar os filhos que não nasceram da sua barriga? Que mãe é essa incapaz de amar uma criança que, inclusive, tinha perdido a própria mãe?
                   Tudo o que já possuía era pouco diante do que poderia ter, caso eliminasse o outro herdeiro dos bens do paspalhão. E o que foi que conseguiu?
                   Hoje está presa, longe da filhinha, que se criará com outras pessoas, perdeu tudo o que tinha ou julgava ter e, uma vez que certamente nada a aflige numa consciência inexistente, sentirá, na aridez interminável dos dias, o peso da ganância e a ilusão do crime perfeito.
                  Perdeu.





Um comentário:

Ana Luiza Carivali disse...

É tudo muito triste o que aconteceu com o menino Bernardo.Neste caso realmente foi tudo por questão de dinheiro,e claro uma falta de amor extremo.Eu os considero uns sociopatas,não sou nenhuma profissional para usar deste termo tampouco para diagnosticar.Com certeza os tres estão envolvidos,resta esperarmos que seja feita a justiça.