quarta-feira, 7 de maio de 2014

DE QUE SOMOS FEITOS?




                          Dizia uma poesia da minha infância que os meninos eram feitos de rãs, caracóis, bichinhos pequeninos e as meninas de doces, bombons e outras coisas finas.
                         Nada menos atual nos dias de hoje.
                         Mulheres espancam as outras e as crianças covardemente e muitos homens se enternecem com música, arte, sorrisos infantis.
                        Ao invés de gênero, descobrimos a espécie humana. Demos ao homem o direito de chorar e à mulher a possibilidade de vencer às suas custas.
                       Um mundo livre de preconceitos, de ideias preconcebidas, de estigmas é um mundo mais leve, com menos patrulha e menos cobranças, permitindo ao ser humano ser mais realizado e mais feliz.
                      Desde que não invadam o espaço do outro, que não tentem amarrar o semelhante às suas próprias convicções, que não destruam a natureza, nem violem as leis essenciais para a convivência humana, que cada um procure viver como melhor lhe aprouver, até porque nasceu sozinho e morrerá assim também.
                     Somos bem mais do que nossos hábitos ensejam. Mesmo que novelas, programas de culinária, de música, de auditório lhe agradem, isso não representa integralmente uma personalidade. Fosse assim, quem assiste lutas, futebol e filmes de ação e violência, seria um perigo para a humanidade.
                    Gosto muito de ler. Sou viciada em leitura. Acredito que quem não lê escreve mal. Passo horas diante da TV levitando diante de um balé, ou de uma música clássica. Isso é o combustível essencial do meu espírito, bem como filmes novos e antigos bem feitos. Gosto de novelas também. Uma só. Elas alimentam meu lado ficcional, necessário aos meus textos. Não admito patrulhas nesse sentido. O fato de gostar de novelas não me define, mas me compõe, já que não escrevo autoajuda, nem pretendo ensinar nada a ninguém, além de refletir a vida comigo.
                     Nos meus livros, sempre há um comentário acerca da novela em voga, no momento em que os edito. Desta vez, vou citar “Em família”, a novela das 21h da Rede Globo de televisão. Muitos assuntos “modernos” são abordados, surpreendentemente por um autor octogenário. Destaco dois deles, a meu ver de suma importância para serem abordados em horário nobre: o mal de Alzheimer, desde as suas primeiras manifestações, alertando as pessoas e as famílias e a necessidade de doação de órgãos, acompanhando um transplante passo a passo, motivando as famílias a doarem os órgãos dos seus entes queridos, a fim de que outras vidas possam ser salvas. Mais do que em qualquer outro meio de comunicação, foi na novela que pudemos nos conscientizar melhor desses dois assuntos tão importantes.
                       Somos feitos de muitas coisas, pequenas e grandes, alegres e tristes, significativas ou não.
                       Respeitemo-nos portanto!






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