Este é o título da atual novela das 21h na rede Globo de
televisão. Não vou comentá-la, até porque ainda está no início e as opiniões
divergem. Apenas apropriei-me do título e do mote para este texto.
O que é a família afinal? Pai, mãe, irmãos, avós, tios,
primos, etc.? No mínimo, será o terreno onde estão plantadas as nossas raízes.
O lugar onde tudo começou, a justificativa para nossos traços físicos ou de
personalidade, para os talentos e até para alguns tiques e cacoetes.
A família é um microcosmo social. Suas paredes vão se abrindo
aos poucos, até que consigamos vislumbrar um mundo maior lá fora e pessoas
outras, diferentes, com as quais iremos interagir.
Na família nascem as primeiras revoltas, os primeiros
protestos e as primeiras reivindicações. Quando há irmãos, surge também a competitividade,
a divisão equânime, as injustiças, a cumplicidade.
Afetos e desafetos afloram e são levados a níveis bem altos,
dependendo da capacidade de cada um sentir.
Tudo isso faz parte do crescimento humano e fica muito difícil
acontecer sem o lastro familiar.
É claro que existem casos patológicos, individuais ou até familiares,
mas, sobre esses, não tenho autoridade, nem conhecimento para opinar. Limito-me
aos ditos “normais”, corriqueiros, com poucas idiossincrasias.
Na família encontramos o amor verdadeiro, incondicional, que
é o de pai e mãe. Por isso, quando o casal se separa, por motivos vários que
não vem ao caso discutir, deve ficar bem claro que a separação é unicamente do
casal e nunca dos filhos! Respeitar o pai e a mãe da criança, mesmo que a separação
tenha tido motivos graves e tumultuados, é também uma forma de demonstrar amor
ao filho, pois ele terá sempre o mesmo pai e a mesma mãe e filho nenhum aprecia
ver seus pais mal falados ou ofendidos.
Ser oriundo de uma família equilibrada e amorosa não basta,
não resolve tudo na vida, mas que ajuda, ajuda!
E como dá segurança!
Seria bom que todos os casais, hoje debruçados sobre bercinhos
rendados, ou levando ao colo pequenos troféus de bochechas rosadas e pernas
roliças, não esquecessem que eles vão crescer, vão se deparar com um planeta
pedindo socorro, cheio de catástrofes naturais e de uma escalada insana da
violência e não descuidassem do seu papel de pais, de guias, de protetores, de
amigos. Eles vão precisar! Mesmo quando estiverem cheios de espinhas no rosto,
voz em falsete, pernas compridas e uma rebeldia sem causa. Ainda serão seus filhos,
uma visão projetada dessas fofurinhas com as quais se encantam hoje e precisarão,
ainda mais, de toda a estrutura emocional e toda a segurança que só a família
dá.
O mundo convida, oferece, desafia, promove, projeta e
arrasa; no entanto, o começo e o fim de tudo encontra-se mesmo “em família”.
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