terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

EM FAMÍLIA




           Este é o título da atual novela das 21h na rede Globo de televisão. Não vou comentá-la, até porque ainda está no início e as opiniões divergem. Apenas apropriei-me do título e do mote para este texto.
            O que é a família afinal? Pai, mãe, irmãos, avós, tios, primos, etc.? No mínimo, será o terreno onde estão plantadas as nossas raízes. O lugar onde tudo começou, a justificativa para nossos traços físicos ou de personalidade, para os talentos e até  para alguns tiques e cacoetes.
           A família é um microcosmo social. Suas paredes vão se abrindo aos poucos, até que consigamos vislumbrar um mundo maior lá fora e pessoas outras, diferentes, com as quais iremos interagir.
           Na família nascem as primeiras revoltas, os primeiros protestos e as primeiras reivindicações. Quando há irmãos, surge também a competitividade, a divisão equânime, as injustiças, a cumplicidade.
            Afetos e desafetos afloram e são levados a níveis bem altos, dependendo da capacidade de cada um sentir.
            Tudo isso faz parte do crescimento humano e fica muito difícil acontecer sem o lastro familiar.
             É claro que existem casos patológicos, individuais ou até familiares, mas, sobre esses, não tenho autoridade, nem conhecimento para opinar. Limito-me aos ditos “normais”, corriqueiros, com poucas idiossincrasias.
            Na família encontramos o amor verdadeiro, incondicional, que é o de pai e mãe. Por isso, quando o casal se separa, por motivos vários que não vem ao caso discutir, deve ficar bem claro que a separação é unicamente do casal e nunca dos filhos! Respeitar o pai e a mãe da criança, mesmo que a separação tenha tido motivos graves e tumultuados, é também uma forma de demonstrar amor ao filho, pois ele terá sempre o mesmo pai e a mesma mãe e filho nenhum aprecia ver seus pais mal falados ou ofendidos.
             Ser oriundo de uma família equilibrada e amorosa não basta, não resolve tudo na vida, mas que ajuda, ajuda!
           E como dá segurança!
          Seria bom que todos os casais, hoje debruçados sobre bercinhos rendados, ou levando ao colo pequenos troféus de bochechas rosadas e pernas roliças, não esquecessem que eles vão crescer, vão se deparar com um planeta pedindo socorro, cheio de catástrofes naturais e de uma escalada insana da violência e não descuidassem do seu papel de pais, de guias, de protetores, de amigos. Eles vão precisar! Mesmo quando estiverem cheios de espinhas no rosto, voz em falsete, pernas compridas e uma rebeldia sem causa. Ainda serão seus filhos, uma visão projetada dessas fofurinhas com as quais se encantam hoje e precisarão, ainda mais, de toda a estrutura emocional e toda a segurança que só a família dá.
            O mundo convida, oferece, desafia, promove, projeta e arrasa; no entanto, o começo e o fim de tudo encontra-se mesmo “em família”.







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