Eu tive duas mães nesta vida: minha
avó materna, que sempre morou conosco e me ensinou muita coisa da vida e da
condição feminina, auxiliando-me até com meus filhos, e minha mãe, de cuja
companhia (maravilhosa!) desfruto até hoje. Graças a Deus!
Fui mãe de três filhos. Sou mãe deles e afirmo que esta é a
missão essencial da minha vida. Foi para ser Mãe que eu nasci.
Meu filho mais velho, certa vez,
quando tinha uns dez, onze anos, viu um vizinho empalhando pássaros e veio
correndo para casa me dizer, radiante: “- Mãe, já sei, quando tu morreres, vou
te empalhar e te colocar na sala da minha casa. Assim ficarás para sempre
igualzinha, perto de mim!”.
Imagino a mulher dele tendo que me encarar empalhada no meio da sala!
O filho do meio, sempre que me abraçava
dizia: “- Minha família!” E estava sempre do meu lado, em todas as
circunstâncias.
O menor (que é o mais alto) dormia nas
minhas costas enquanto eu estudava para os cursos de Pós-Graduação. Era quase
um prolongamento meu e me chamava de “meu colchonete”.
Dei os
primeiros banhos nos meus netos e pude lhes ensinar muitas coisas.
Duas
princesinhas vieram enfeitar de cor-de-rosa uma família de homens! E participei de tudo na espera e na chegada deles, de cada roupinha do
enxoval à decoração do quarto e compra de acessórios.
Acho que a Mãe é uma necessidade vital
para o ser humano. Esta verdadeira fábrica ambulante de pessoas se faz
necessária e vital pela vida afora.
Estudei muito, fiz algumas coisas
importantes na vida, mas nada me satisfez mais do que ser Mãe.
Gostei de tudo, do processo todo:
engravidar, parir, amamentar, trocar fraldas, dar banho, ensinar a caminhar, a
falar, preparar papinhas, mingaus e mamadeiras, contar histórias, rolar na
cama, cantar e dançar, dar risada, assistir desenho, desenhar, brincar de
carrinho, de bicicleta, fazer curativo, colocar termômetro, rezar junto,
estudar para as provas, revisar a lição, dar conselhos, levar e buscar na
escola e em todos os outros cursos, sofrer junto nas competições e no
vestibular, chorar nas formaturas, fazer cafuné, esquentar o jantar, sentar pra
conversar, procurar soluções, incentivar, proteger, amar, amar, amar...
É, meus meninos, graças a vocês este
dia – das Mães – é cheio de significado para mim. A vocês e aos que nasceram de vocês.
Parabéns a todas as Mães
que estão lendo este texto. E a todos os filhos que conseguiram fazer com que
suas mães se sentissem, assim como eu, eternamente maravilhadas com a
maternidade!
Um comentário:
Muito lindo, parabéns pelo texto! Elizabete
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