terça-feira, 19 de março de 2013

UFA! SOU "CUIDADOSA”!



               Há algum tempo, num programa de TV, surgiu um questionamento sobre os limites da área de atuação das mães.
               O caso foi exposto por atores e personagens da vida real, analisado por psicólogos e psiquiatras (oxalá mães também!) e seu coroamento se deu com um teste que esteve algum tempo no site do programa na internet. 
               Do alto da minha tripla maternidade ultra-responsável vou me dar ao direito de questionar: um teste poderá abarcar TODOS  os filhos? Sim, porque a mãe é uma, mas os filhos geralmente são mais de um (pelo menos nas gerações anteriores a essa) e muito diferentes entre si.
                Dessa forma, como responder a um único teste?
                Marcamos X, por exemplo, para a pergunta: - você costuma opinar nas decisões de seu filho? Um dispensa nossa opinião, outro participa suas decisões e outro não as toma sem discutir exaustivamente com a família.
                 E então? Mesmo pai, mesma mãe, mesmos avós, mesmos colégios e personalidades tão diferentes!
                 Militares vivem de galho em galho, o que não condiz com a realidade de vestibulandos e universitários. Nesse momento, comecei a "ficar por aqui" e meu casamento ruiu.  Este parêntese autobiográfico se justifica pelo fato da abordagem do teste inferir sobre o fato de eu ter sido mãe e pai de três jovens rapazes por bastante tempo.
                  Só lembro as coisas boas (tantas!), embora não possa deixar de dizer que a barra se torna bem pesada às vezes.
                  Chorei em quase todas as homenagens no colégio deles quando crianças e não derramei nenhuma lágrima nas formaturas e nos casamentos. Preferi sorrir.
                  Quando iniciei meus cursos de pós-graduação, vivíamos os quatro num apartamento cheio de livros, já que sempre havia alguém com prova ou estudando para o vestibular. Nossa casa era uma verdadeira república de estudantes.
                  Mais tarde, voltei a chorar diante de três “pessoinhas” com o DNA dos meus meninos, seus traços e nossa eternidade garantida.
                  Noras... assunto complicado! Mas não é que a maioria delas (pretendentes e de fato)  simpatizou comigo e ficou quase filha?
                  Paraíso? Perfeição?  Nada disso! Essas coisas não pertencem à nossa vida terrena.
                   O que valeu mesmo foi ter sido bem sincera no tal teste e ter comprovado que, com toda minha luta, não sou "superprotetora", apenas "cuidadosa". Ufa!
                    Bem, na verdade, em letrinhas pequenas, lá no finalzinho, tinha uma admoestação: mas cuidado para não exagerar nos cuidados!
                     Mas, cá pra nós, quem lê as letras miudinhas dos contratos?!



Um comentário:

Elisabete Stolarski disse...

Realmente cada mãe tem o seu jeito de ser ''cuidadosa'', e como você disse: cada filho é de uma maneira, cada um tem sua personalidade, o que vale para um não vale para outro. O importante é ficarmos tranquilas sabendo que fizemos, ou tentamos fazer o melhor por eles.