Não
são sinônimos! Nem todo triste é trágico, embora o trágico seja sempre triste.
Por
exemplo:
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A cegueira é triste para todo mundo, mas é trágica para o escritor e o leitor
voraz;
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a surdez é sempre triste, contudo é trágica para o músico;
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problemas nas cordas vocais afetam a todos, porém o caso se torna trágico
para o cantor e o professor;
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a falta de um membro, ou sua imobilidade causa muita tristeza e representa uma
tragédia para o atleta.
Num
outro plano, ter FÉ é de grande consolo para todas as pessoas, porém é VITAL
para quem está muito doente, ou com problemas que lhe parecem maiores que suas
forças. Neste caso, não ter fé torna a tristeza trágica, uma vez que a pessoa
se debate em dúvidas, sem encontrar uma luzinha, uma saída, uma explicação
sequer.
Na
minha busca incessante de conhecimento da natureza humana, surpreendo-me com a
capacidade de resistência e adaptação de muitos deficientes físicos. Eles não
desistem, matam um leão por dia para sobreviver e ainda conseguem sorrir,
cumprimentar, con-viver.
No
meu entendimento, isso se deve à Fé, à Esperança, ao Amor à vida. Por outro
lado, vemos pessoas "normais" sempre deprimidas, desesperançosas,
amarguradas. Para estas, tudo é triste e qualquer coisinha que não corra
conforme o esperado já desencadeia aquela tragédia!
É normal nos sentirmos tristes diante da saudade das pessoas que
amávamos e que se foram antes de nós. A morte não é trágica, faz parte da vida.
Só se torna trágica quando provocada por irresponsabilidade, maldade, descuido,
abreviando uma vida destinada a durar mais.
Há
pessoas que se recusam a pensar na morte, mesmo sabendo que é a única certeza
que temos.
Muitos vivem como se a vida fosse eterna, ou como se não houvesse amanhã. Muitas vezes revestem-se de irresponsabilidade, causando grandes problemas a si mesmos e aos que o cercam.
Isso é trágico!
Não é preciso viver esperando a morte, ou sofrendo por antecipação pela falta das pessoas queridas e da nossa própria vida, isso seria também trágico e pessimista demais.
Saborear a vida, curtir ao máximo os momentos bons, com um olho no futuro, talvez seja uma boa receita.
Mas devem existir outras.
Qual é a sua?
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