Há algum tempo, num programa de TV, surgiu um questionamento sobre os limites
da área de atuação das mães.
O
caso foi exposto por atores e personagens da vida real, analisado por
psicólogos e psiquiatras (oxalá mães também!) e seu coroamento se deu com um
teste que esteve algum tempo no site do programa na internet.
Do alto da minha tripla maternidade ultra-responsável vou me dar ao direito de
questionar: um teste poderá abarcar TODOS os filhos? Sim, porque a mãe é
uma, mas os filhos geralmente são mais de um (pelo menos nas gerações
anteriores a essa) e muito diferentes entre si.
Dessa forma, como responder a um único teste?
Marcamos X, por exemplo, para a pergunta: - você costuma opinar nas decisões de seu filho? Um dispensa nossa
opinião, outro participa suas decisões e outro não as toma sem discutir
exaustivamente com a família.
E
então? Mesmo pai, mesma mãe, mesmos avós, mesmos colégios e personalidades tão
diferentes!
Militares
vivem de galho em galho, o que não condiz com a realidade de vestibulandos e
universitários. Nesse momento, comecei a "ficar por aqui" e meu casamento
ruiu. Este parêntese autobiográfico se justifica pelo fato da abordagem
do teste inferir sobre o fato de eu ter sido mãe e pai de três jovens rapazes
por bastante tempo.
Só
lembro as coisas boas (tantas!), embora não possa deixar de dizer que a barra
se torna bem pesada às vezes.
Chorei
em quase todas as homenagens no colégio deles quando crianças e não derramei
nenhuma lágrima nas formaturas e nos casamentos. Preferi sorrir.
Quando
iniciei meus cursos de pós-graduação, vivíamos os quatro num apartamento cheio
de livros, já que sempre havia alguém com prova ou estudando para o
vestibular. Nossa casa era uma verdadeira república de estudantes.
Mais tarde, voltei a chorar diante de três “pessoinhas” com o DNA dos meus
meninos, seus traços e nossa eternidade garantida.
Noras... assunto complicado! Mas não é que a maioria delas (pretendentes e de
fato) simpatizou comigo e ficou quase filha?
Paraíso?
Perfeição? Nada disso! Essas coisas não pertencem à nossa vida
terrena.
O
que valeu mesmo foi ter sido bem sincera no tal teste e ter comprovado que, com
toda minha luta, não sou "superprotetora", apenas
"cuidadosa". Ufa!
Bem,
na verdade, em letrinhas pequenas, lá no finalzinho, tinha uma admoestação: mas cuidado para não exagerar nos
cuidados!
Mas, cá pra nós, quem lê
as letras miudinhas dos contratos?!
Um comentário:
Realmente cada mãe tem o seu jeito de ser ''cuidadosa'', e como você disse: cada filho é de uma maneira, cada um tem sua personalidade, o que vale para um não vale para outro. O importante é ficarmos tranquilas sabendo que fizemos, ou tentamos fazer o melhor por eles.
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