De que nos
valeria viver mais se não aprendêssemos nada e não conseguíssemos repassar
nosso aprendizado às novas gerações? Seríamos sempre como Adão e Eva, perdendo
o Paraíso por ignorância e imaturidade.
Mais até do que
de casamento, penso que entendo de Amor. Estive apaixonada desde o Jardim de
Infância, amei muito e fui muito amada também.
Hoje,
observando os casais, lamento o desamor, o desrespeito, o individualismo, a
falta de cumplicidade, de parceria, de Amor.
Como sempre e
felizmente, existem exceções, gloriosas e amorosas exceções que, entretanto,
são minoria.
A plantinha do
amor é de estufa, como uma orquídea rara que precisa de cuidados diários e
especiais. Gentileza, carinho, respeito, muitos beijos e abraços, aconchego,
pele, cheiro, cama. Só esses ingredientes a fazem desabrochar e se tornar
perene.
Dinheiro, bens materiais, egoísmos, palavras
rudes, gestos ameaçadores, ironias, ofensas, falsidades são receitas infalíveis
para matar definitivamente essa plantinha delicada e tão importante para o ser
humano.
Nem mesmo
filhos garantem a permanência do sentimento em corações magoados ou feridos.
Mesmo porque filhos apreciam mesmo viver num lar de verdade, sufocados de amor
entre seus pais, numa cama revirada de sorrisos, num sofá encharcado de
brincadeiras, risadas e cumplicidade.
A mão do pai na
barriga da mãe, colocando fermento na sementinha que está sendo gerada, as
costas quentinhas do pai encaixadas na mãe, numa conchinha suave durante a
noite garantindo calor e proteção. Vozes suaves, sorrisos, carinhos. É disso
que os filhos gostam e precisam, desde antes de nascer. Tudo isso é muito mais
importante do que a limpeza da casa, a disposição dos móveis ou a conta
bancária!
As palavras (já
disse o poeta) são como flechas que, uma vez disparadas, não voltam mais! E como os novos casais fazem mau uso delas!
Trocam ofensas como se as mesmas pudessem ser anuladas ou esquecidas com um
pedido de desculpas qualquer, muitas vezes vindo apenas dos lábios, bem longe
do coração.
Se os jovens
casais soubessem o poder destrutivo que as palavras têm... certamente pensariam
duas vezes antes de usá-las!
Em nome do
Amor, em nome dos filhos, em nome das famílias, gostaria de pedir aos jovens
que agissem como casais e não como dois indivíduos coabitando. Que deixassem um
pouco de lado os armários e gavetas e se concentrassem no que realmente importa
e dura para sempre; os laços que juraram preservar, os filhos que quiseram pôr
no mundo, a família que se dispuseram a constituir e que é a base de tudo!
Quem me conhece
sabe que tenho autoridade para falar no assunto, uma vez que já casei duas
vezes e sou grande amiga do pai dos meus filhos.
Eu e Paulo
jamais ofendemos nossos ex-cônjuges, em respeito aos nossos filhos e a nós
mesmos. Simples assim.
Tomara que esta
reflexão sirva para alguém e evite alguns erros recorrentes que já estão
colocando o Amor entre os ameaçados de extinção!
Muito triste.
Um comentário:
Lindo texto para iniciar a semana,dá um "up",gracias por este,e outros textos.
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