Você já fez alguma promessa? E cumpriu? Prometeu a quem? Santo ou
leigo?
Nos
meus momentos pensantes lembrei as promessas - tantas! - que fazíamos na
adolescência e juventude lá no meu Alegrete. Pra passar de ano, pra namorar beltrano,
para que sicrano fosse ao baile, para que o pai tirasse a gente do castigo e
mil outras razões de similar importância. Prometer era fácil, duro mesmo era
pagar a promessa, que incluía até não comer doces, não mascar chicletes, não
perder uma missa, não pintar as unhas e coisas do gênero.
Os
mais velhos - e mais necessitados - chegavam a prometer não cortar o cabelo dos
filhos ou o próprio por anos a fio. Quem não conheceu algum infeliz menino de
longas madeixas por promessa da mãe?
Sem
falar nos meninos que iam para o seminário e nas meninas enfiadas num convento
para pagar uma promessa feita, às vezes, antes mesmo deles nascerem.
Agora me digam, a quem interessaria os cabelos de uma criança ou a penitência
de um jovem totalmente sem convicção? Que santo se importaria com os doces, as
unhas, os cabelos de quem quer que fosse? Quem nos ensinava a acreditar nessas
tolices?
Promessa é coisa muito séria. No meu caso, sempre procurei cumprir o máximo de
coisas que tenha prometido, principalmente aos meus filhos. No entanto,
não consegui cumprir o que prometi ao padre que me casou...
Coisas da vida!
Um comentário:
Maria Luiza, teu texto lembrou-me uma história do Mile, meu irmão, qdo adolescente.Era novembro e ele estava preocupado em ir à igreja rezar. Perguntei a causa disso. Explicou-me que era uma promessa, feita no ano anterior,para ser aprovado em Moral e Cívica!E acrescentou: " estou mal outra vez,na mesma matéria, não posso deixar "acumular" as promessas."
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