domingo, 18 de setembro de 2011

MELÔ DE FLORIPA




“ Um pedacinho de terra perdido no mar.
Num pedacinho de terra belezas sem par.
Jamais a natureza reuniu tanta beleza,
Jamais algum poeta teve tanto pra cantar.”


Pois é, depois da cantar, em prosa e verso, meu amor e minha saudade de Alegrete, chegou a hora de fazer justiça à cidade onde vivo há dezessete anos e que meus filhos elegeram como sua terra de coração - Florianópolis. Uma capital com um ar interiorano, pouca violência, clima ameno e uma geografia de tirar o fôlego!
Ir e vir do trabalho tendo o mar por testemunha, com o sol vaidoso espelhando-se nas águas e colorindo morros, casas e gente a seu bel prazer é um espetáculo fascinante.
Nas noites estreladas a lua se debruça na ponte Hercílio Luz, emoldurando casais de namorados, espiando segredos, devassando alcovas quando cheia, ou sorrindo maliciosa se está a minguar.
Todos os tipos de camarão na Lagoa, festa da tainha, Boi-de-mamão, surfistas dourados e muita praia. Assim é Floripa, o ano todo.
Não é este um catálogo turístico, mesmo porque cada um escolhe e consagra seus lugares preferidos numa terra generosa em belezas naturais. Faço apenas justiça porque, das poucas cidades que conheço, ela só perde mesmo para a minha amada Alegrete.
Se o sotaque e as tradições açorianas incomodavam um pouco, a "invasão" dos gaúchos amenizou o problema. Já tem "catarina" viciado em mate e torcendo pelo Colorado.
Agora parece que este Inverno pouco convincente encontra-se prestes a partir de vez, os ipês principiaram a florada, os pássaros se assanham e esta cidade, que vive do turismo, prepara-se para mais uma temporada. Que bom! O verão regressará majestoso, com ele as benditas férias e a gente afivela as malas para curtir... em Alegrete, é claro!


 setembro de 1997.

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