sábado, 9 de abril de 2011

INIMIGO VIRTUAL

            Todo mundo sabe que o computador é uma ferramenta preciosa de modernidade, eficiência, rapidez e que pode ser usada em todas as áreas para otimizar o tempo de toda gente. Ponto. Ponto não, vírgula!
          Este espaço virtual, criado pela internet, que diminui distâncias, preenche lacunas, ameniza solidões, promove encontros pode ser também utilizado para coisas terríveis, aproximando gente má e fazendo com isso multiplicar a maldade num mundo já saturado de coisas ruins .    
      A pedofilia é um dos piores e mais abomináveis vícios produzidos por essas redes virtuais. Mas há outros, igualmente perigosos, espalhados dentro desta máquina que habita a maioria das casas e lan houses do planeta.
         O bandido aproxima-se do vendedor de armas, o fanático faz seguidores e comunidades são criadas reunindo todo tipo de gente e de distorsão.
         Eu uso bastante o computador, muito mais para escrever do que para navegar. Tenho personalidade formada, valores sólidos e sou nada influenciável.
         E os jovens? E as crianças? E os doentes da mente? E os assassinos? E os psicóticos? E aqueles cujo único contato com o mundo é feito por esta telinha ?
         Não existem palavras que sintetizem a dor de ver aquelas crianças friamente assassinadas num colégio do Rio de Janeiro por um monstro, que não falava com ninguém, não tinha amigos, nem namoradas e tampouco se tratava para uma doença mental possivelmente herdada da mãe. Ele desfilava com uma barba até o peito e vivia isolado de tudo e de todos, conectado apenas pelo computador e ninguém, nem mesmo seus irmãos adotivos achavam estranho , ou procuraram averiguar melhor sua real condição psicológica, preferindo evitar incomodações, desculpando-se por não quererem invadir a privacidade do ermitão e deu no que deu.
         Essa mania falsamente civilizada de ninguém querer "se meter" na vida dos outros já rendeu muitas vítimas. Dessa vez não foi diferente.
        Perdoem-me os psiquiatras, sei que os manicômios são condenados e evitados em nossos dias, entretanto, teremos que ser vítimas indefesas de pessoas que não dominam seus impulsos, ouvem vozes, acatam ordens de matar, ou interpretam a Bíblia a seu bel prazer e com sua pouca cultura, fanatizando e vitimando pessoas inocentes?
         O que querem esses sociopatas?!
         Fama não é, porque logo a seguir se matam.
         Vingança? De que ,de quem? Porque permanecia virgem e deveria ter sido desprezado pelas colegas de ginásio ele volta, anos depois, e mata meninas que nada tinham a ver com ele e sequer o conheciam?
         Sei que a medicina deve estar recheada de explicações e justificativas para esse primeiro grande assassinato de inocentes no Brasil.
          A nós, pobres brasileiros, isso pouco interessa agora. A verdade é que nem todo paciente psiquiátrico tem condições de andar livremente pelas ruas e temos o dever de prestar mais atenção nos esquisitos, nos excessivamente isolados, nos que trocam a vida por uma tela de computador. Ali pode estar um futuro delinquente, alimentado por um inimigo virtual.
             Cuidado!

4 comentários:

Regina Antunes disse...

BOA NOITE !!

Nos assustamos com isso,mas era uma coisa que estava na cara , que poderia acontecer ... nossas leis são frouxas, um cidadão mata o outro ,pode responder o processo em liberdade ... só casos de repercussão nacional, que vemos o criminoso preso . Processos que duram anos . A sensação de impunidade vigora !
Nesse caso com certeza ,vão ser criadas comunidades de adoração a essa pessoa . Não acontece nada.
E rezar para que não aconteça de novo
Uma linda noite !! Beijos !!

Jeanne Geyer disse...

O meu psiquiatra é contra a lei anti manicomial justamente por isto. faltam leitos porque não são mais construidos hospitais, e sem contar com os viciados que também precisam ser contidos pelo menos até a cura. O Ferreira Goulart tem dois filhos esquizofrenicos e é contra a lei também.
espero que este "modismo" idiota termine logo. existem momentos em que a pessoa deve ser afastada da sociedade para se tratar.

beijos

Francisco Carlos D'Andrea (francari) disse...

Cara Maria Luisa
Discordo em um ponto básico: redes virtuais não produzem pedofilia ou outros vícios, apenas os facilitam.
Concordo quanto ao erro em desativarem a rede de manicômios, pois embora exista uma série de novos medicamentos capazes de permitir uma vida normal aos doentes mentais, nem todos procuram ou aceitam se tratar.
Quanto à repaginação do blog ficou ótimo e a retirada do tema musical agradou, pois embora bem escolhido, a repetição infinita e contínua o tornava cansativo.
Um abraço do Francisco Carlos

Anônimo disse...

Nem sempre a pessoa que está por tras do computador se isola do mundo e isso é fato. Pior ainda é dizer que esta pessoa é sociopata só por isso. Há , evidentemente outros fatores. No entanto como já tive minha dose de insanidade virtual de ambos os lados (a pessoa me via como louca e eu via a pessoa como demente) , melhor manter o pé atrás com as relações virtuais porque no fundo nunca se sabe quem é boa ou má pessoa até que se prove o contrário ( e em alguns casos mesmo provando sua inocencia os loucos e paranoicos simplemente acham que ganharam um "inimigo virtual). Tudo vai do bom senso...se duas pessoas não se entendem e não se comunicam bem, de duas uma...ou se esquece a existencia e não se insite ou espera-se o dia em que a pessoa que pensa que o outro é louco de a abertura para o minimo de dialogo. Eu não posso odiar alguem que nunca vi e as vezes uma simples abertura e conversa desmistifica e poe por terra um preconceito. Aí seria otimo ver a cara da pessoa que fez um pre-julgamento em um momento inoportuno. Nada melhor do que meter o rabinho no meio da s pernas e se arrepender de um ato inconsequente e de palavras duras e sem nexo....Paranóias virtuais ....