Combinando com a folia de Momo existe no momento um Carnaval de Bolsas no Brasil impressionante!
Não, não me refiro às Louis Vitton, Vitor Hugo ou similares, pois dessas entendo pouco, a não ser algumas imitaçõezinhas da 25 de março.
As Bolsas em questão são grafadas com inicial maiúscula, para enfatizar a doação, a benesse, a humanidade de quem as distribui.
A Bolsa Família, por exemplo, aquela capaz de eleger ou derrotar um presidente, teve o triplo de aumento do salário mínimo e do salário dos professores. Por que será? É uma matemática por vezes difícil de entender! Então quem apenas envia os filhos para a escola recebe três vezes mais aumento do que aqueles que vão ministrar as aulas nessa mesma escola? Três vezes mais aumento do que aquele pobre assalariado que batalha de sol a sol e ainda precisa também mandar seus filhos para o colégio?
Não será isso um incentivo à acomodação? Assim como o seguro desemprego, que cria uma rede de subempregados, de gente que trabalha e recebe por dois lados, sem pressa de assinar a carteira de trabalho durante seis meses, favorecendo também o novo empregador.
Outra Bolsa que me causou espécie foi a concedida à família dos presidiários. Então o indivíduo mata, rouba, sequestra, estupra, fere, arrasa famílias inteiras, "quando" consegue ser preso, tem a tranquilidade de saber que receberá três refeições diárias, banho de sol, carteado, conversas e sua família estará devidamente amparada do lado de fora.
O pobre honesto, muitas vezes, chora por não conseguir alimentar seus filhos, dorme nas filas de emprego, passa o dia a pão e banana, sem saber o que sua família terá para comer no dia seguinte.
Não consigo entender. Definitivamente.
Não seria mais econômico usar esse dinheiro das tais Bolsas para criar presídios que colocassem esses presos a trabalhar de verdade na terra, na construção, na carpintaria, com horários rígidos e produtividade?
Se eles enviassem para suas famílias legumes, verduras, frutas, grãos, plantados e colhidos por eles próprios não seria mais eficiente, mais justo?
Aonde nos leva um governo assistencialista? Além da vitória nas urnas, é claro.
Como se não fosse suficiente, ainda há o organograma da maracutaia. O dinheiro a gente sabe de onde sai. Do nosso bolso, é claro, e dos impostos mirabolantes que pagamos, além do tal leão que nos saqueia a cada ano. E que caminho segue este dinheiro? Vejamos.
Vai ficando um pouco com quem determina o pagamento, depois com quem assina a ordem, com quem separa o quinhão arrecadado, com quem distribui para os municípios (nada para o sul e sudeste, porque aqui só tem rico), com quem recebe as doações, com quem as redistribui e, por fim, com quem é por elas beneficiado.
Sem dúvida, trata-se de uma verdadeira rede social da locupletagem!
2 comentários:
Perfeito!!
Não bastasse as bolsas esmolas,que no meu ver só tem uma finalidade(compra de voto),agora ainda ampliaram o auxilio para as familias de presidiários.E nóa pagamos!!Uma vergonha!!
Querida Maria Luíza
É com uma mulher de ouro como você, que possui visão da realidade, formação intelectual e boas inenções em relação ao próximo, que os brasileiros sensatos queriam ter experimentado, pela vez primeira, a presença de uma representante do sexo feminino no comando da Nação. Infelizmente, porém, isso aconteceu da forma mais esdrúxula possível, através de uma candidatura artificial, engendrada pelo pior exemplo de presidente que o Brasil teve, e a custa de propaganda enganosa e do assistencialismo a que você se refere, sustentado com o dinheiro dos impostos lesivos e injustos que nos pesam sobre os ombros.
Parabéns pelo excelente texto. Concordo com ele da primeira a última palavra e façco minha essa indignmação procedente que a inspirou elaborá-lo.
É um privilégio acessar seu Blog formidável.
Bj no coração
Lino Tavares
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