Desta ninguém duvida, eu acredito. Mesmo assim, vive sendo comprovada e menosprezada também.
Penso que os psicólogos e psiquiatras deveriam receitar um cãozinho juntamente com as pílulas da alegria. Só que precisariam alertar que os cães precisam de cuidados e não apenas quando o dono não estiver deprimido e resolva cuidar dele ou levá-lo para passear. É uma responsabilidade quase tão grande quanto a de cuidar de uma criança, só que dão muito menos trabalho.
Até comprarmos a Pitty, eu só havia tido "cachorros de pátio", SRD (sem raça definida) e que só precisavam de comida, água, vacinas e uma criança para correr com eles. Procuravam um lugar para dormir, protegidos do vento e da chuva e tomavam banho de mangueira até no inverno.
Depois vieram os apartamentos, onde, inclusive, eram proibidos os cachorros. E ficamos só com as fotografias dos cães que precisamos doar.
Então se manifestou a solidão nos apartamentos, onde muitos solteiros convictos cansavam de ouvir a própria voz, muitos pais (o meu caso) viviam a "síndrome do ninho vazio", quando os filhos voavam com asas próprias em direção aos seus destinos e os condomínios começaram a relaxar as regras, a adaptá-las, a criar novas visando atender a estes moradores carentes.
E os prédios se encheram de cães!
Clínicas veterinárias se transformaram em pet shops e as calçadas emporcalhadas com dejetos caninos... até que surgiu nova consciência e o hábito (bem mais higiênico) do dono juntar o cocô de seu amiguinho e colocá-lo num lugar mais adequado.
Exageros à parte, hoje há cachorros com um "vidão" e outros maltratados, abandonados, irresponsavelmente colocados no mundo. Bem, se as pessoas colocam filhos no mundo totalmente sem condições de criá-los, o que esperar de um viralatas?
O cão sempre sabe quem é seu dono, mesmo numa família numerosa. Brinca com todos, festeja todos, mas não perde de vista aquele que conhece como o responsável por ele. Ainda que o dono não seja a pessoa mais carinhosa e mais gentil.
Minha Pitty nunca gostou muito de crianças, adora o carinho dos adultos, mas vai saindo pela tangente quando vê mãos pequeninas e gritinhos em sua direção.
Por fidelidade a mim ela não morde o Lucas (que a enlouquece) ou a Bruna, que chega a tirar a comida de sua boca. Mas sente ciúmes deles e fica muito feliz quando eles vão embora, aí sim relaxa, se estende no tapete, ronca dormindo, completametne aliviada por estar só comigo .
Eu sempre fui adepta da rotina, principalmente das crianças. Acho que alimentação, banho, passeios devem seguir um horário pré- estabelecido para não virar bagunça. Pois a Pitty faz questão de seguir a rotina dela e da casa, a ponto de me anteceder nas tarefas diárias, como usar o computador, tomar banho, etc. Ela já vai antes e me espera no lugar.
Cuido dela como de tudo o que está sob minha responsabilidade na vida. Não a tenho para suprir carências afetivas, tampouco vivo com ela no colo (ela nem gosta) ou tratando-a como criança.
Pitty é cachorro e sabe disso. Cuidada e bem quista como um cachorrinho que se elegeu. Respeitada em suas necessidades. E muito educada.
Além disso, ah! ela não questiona minhas atitudes e, para ela, estou sempre com a razão.
Precisa mais?!
2 comentários:
Quem me conhece sabe bem que nunca fui muito chegada em cães...nunca tive eu mesma nenhum. Hoje sou avó da Dodó e faço minhas as tuas palavras. A dona oficial dela é a Fernanda, mas quem ela cuida mais e podendo se deita do lado é do Ernani, que sai para passear com ela. E como é fiel!!1
Nem fala, é muito bom um cachorrinho, estou carente de uma,rsrsrs
concordo que estás certa em tratá-la como animal, tem gente que humaniza os bichinhos, imagina, eles nos ajudam justamente por serem animais.
Adorei este teu post, beijos
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