Mundo, mundo, vasto mundo... Drummond sabia do que falava, eu também.
Se há uma coisa que ainda me surpreende a partir da tal globalização é ver como existe gente diferente na Terra! Isso que sempre fui uma leitora voraz e meu horizonte não era dos menores, mesmo assim fico perplexa ao ver na TV, principalmente em canais de viagens, gente de tudo quanto é tipo, com costumes até bárbaros para nós, coexistindo num planeta em que até pessoas do mesmo país se estranham.
Cada vez que aqueles helicópteros sobrevoam as favelas do Rio de Janeiro, custo a crer numa salvação possível para o restante da população, caso as favelas se rebelassem e caso só morassem bandidos e traficantes por lá. É muita gente! E todos assistindo novelas, com aquele luxo desmedido, aqueles cafés da manhã repletos de iguarias, aquelas casas fenomenais! Será que eles se conformam, que pensam em estudar e trabalhar muito para conseguir tal padrão de vida (coitados, como se trabalho enriquecesse alguém), ou se enfurecem, se armam e descem os morros para assaltar?
De um lado os magnatas, com suas mordomias, seus supérfluos, sua empáfia. De outro os miseráveis, vivendo (ou sobrevivendo) com quase nada, levantando de madrugada, pegando trens e indo para o trabalho onde o que ganham mal dá para comer uma vez ao dia.
Esses mundos paralelos andam lado a lado, sem convergência possível, separados pela pobre classe média, cada vez mais espremida e explorada, nivelada por baixo, sentindo claramente na pele como se desce na vida.
Pior é que isso acontece pelo mundo afora, às vezes até com mais crueldade do que aqui.
Terá solução? Ou continuará gerando violência, assaltos, homicídios, rebeliões?
Eu quero uma casa no campo... urgentemente!
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