Desde a Idade da Pedra e, quem sabe, desde que começou a nossa civilização, devemos todas as descobertas e a nossa sobrevivência às cabeças pensantes e às mãos engenhosas de nossos semelhantes.
Você já criou alguma coisa? Um objeto que facilitasse sua rotina, um medicamento milagroso, uma massagem salvadora, uma receita inesquecível, um livro transformador? Pois é. Não é fácil criar. Minha contribuição ao mundo foi, até agora, três filhos educados e honestos e vinte e dois livros. Parece muito, mas tem gente que contribuiu bem mais para a nossa sobrevivência e que tenta, hoje em dia, salvar o planeta que habitamos, seriamente ameaçado pela irresponsabilidade e o egoísmo dos homens.
Imagine como se tratavam as doenças antes dos antibióticos! Não é de estranhar que a expectativa de vida fosse tão curta. E as cirurgias antes da anestesia, feitas a partir de clorofórmio ou conhaque. Claro que existem muitas plantas milagrosas, principalmente na nossa exuberante (e ameaçada) Amazônia. Todavia, é preciso conhecimento para escolhê-las e manipulá-las. Eis a chave de tudo – conhecimento!
Na vida moderna, onde se adquire conhecimento? Certamente não será nos programas e séries de TV, ou nos vídeos do celular, muito menos através dos famosos – e tão seguidos – influenciadores digitais. Os LIVROS continuam sendo nossa maior e mais confiável fonte de conhecimento. Claro que existem milhares de tipos de livros, cabe ao leitor consciente saber escolhê-los, ou seguir as orientações de quem já estudou mais do que ele, no caso, o professor.
Se as Universidades pudessem divulgar as pesquisas que realizam, o que custaria um dinheiro que elas não têm, certamente o mundo ficaria surpreso do quanto deve a esses abnegados pesquisadores, que não descansam atrás de curas para os males que nos afligem, ou na busca de soluções mais eficazes para muitas áreas da nossa vida.
Quantas vidas foram poupadas nessa pandemia de Covid-19 graças ao empenho dos cientistas, que seguem aprimorando suas descobertas! Em tempo recorde eles tiveram que criar testes, medicamentos e vacinas, sobretudo vacinas, para diminuir aquela mortandade apavorante do início do ano de 2021.
Claro que nas Universidades existem correntes ideológicas, principalmente nos cursos da área de Ciências Humanas, por conta do conteúdo programático das disciplinas e também por se tratar de jovens idealistas, ainda com aquele ímpeto de melhorar o mundo. Entretanto, não é justo que, por conta de paredes pichadas ou discursos fanáticos de alguns, todos os cursos e laboratórios das Universidades sejam penalizados com cortes de verbas, cancelamento de Bolsas, encerramento de pesquisas.
O que seria de um povo sem cultura, sem conhecimento, sem arte, sem educação? Meros robôs programados?
A humanidade precisa da Ciência, hoje mais do que nunca, e o dinheiro recolhido dos nossos impostos deveria ser revertido em apoio a quem se dedica a buscar soluções para os nossos crescentes problemas.
As Universidades públicas são o lugar, por excelência, onde o conhecimento trabalha a favor do povo e onde nossos jovens encontram o caminho para o seu futuro.
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