sexta-feira, 11 de agosto de 2017

UM PEDIDO AOS PAIS



                          Já homenageei os pais das formas que sabia e acho que eles são merecedores de todas as homenagens. Os pais de hoje – os bons pais – são muito mais participativos e presentes na vida dos filhos e isso é muito bom para todos.
                         Agora, no dia consagrado a eles, vou me referir aos pais em geral, aos pais que ainda não estão bem convictos do seu papel na família e na sociedade, aos pais que precisam encontrar seu foco e o comando necessário do barco onde estão os filhos, a fim de que ele navegue em águas serenas e chegue com segurança à terra firme.
                        Não basta encher a casa de coisas bonitas, encher os filhos de brinquedos, ou passar em revista todos os restaurantes da cidade. Isso não fará dele um bom pai!
                        Corpo presente apenas pode ser até um estorvo, se a cabeça, o coração e, sobretudo, a atenção, não estiver voltada para o filho e para os seus pequenos problemas (que vão se avolumando e se tornam grandes).
                        Televisão, videogame, jogos eletrônicos e brinquedos que brincam sozinhos não substituem a orientação segura, as histórias contadas dos antepassados, das coisas do seu tempo, de como alguns objetos eram feitos e o uso que se fazia deles. Isso são ensinamentos passados de pai para filho e, nos lares onde isso não acontece, persistirá uma lacuna cultural dificilmente preenchida pela escola.
                        Algumas famílias, por incrível que pareça, só conseguem conversar quando falta luz, à luz de velas. Isso é muito triste! Então a televisão se tornou o chefe da família, o pai e a mãe das crianças?!
                       Já parou para pensar como será lembrado por seus filhos? O que eles irão contar a seu respeito para os seus descendentes? Pense nisso!
                       Por que em algumas famílias muito pobres não há casos de ladrões, de assassinos? Porque tiveram valores de honestidade incutidos desde cedo por pais responsáveis.
                        Por que filhinhos de papai cheios de dinheiro andam barbarizando com seus carrões, desrespeitando tudo e todos? Porque o irresponsável do seu pai os fez acreditar que quem tem dinheiro, tem poder.
                       Por que alguns jovens criados na favela se tornam músicos, professores, artesãos e vão estudando e subindo na vida, enquanto outros, do mesmo lugar, muito cedo se embrenham pelo caminho lodoso do tráfico, dos roubos, dos crimes? Muitas vezes porque, na casa desses, nem pai tinha e, quando tinha, era igual ou pior do que eles.
                       Pai é fundamental. Pai é importante. Pai é o contraponto e o complemento de mãe. O filho precisa dos dois!
                      Por isso, meu pedido aos pais no seu dia é que sejam pais. Não aproveitem o dia para encher a cara de cerveja, grudar no futebol e continuar sua rotina individualista, achando que o churrasquinho do meio dia, ou a ida ao restaurante chique cumpriram seu papel. Esse dia só é seu porque você tem filhos, não esqueça disso! E, se não for para compartilhar “de verdade” com os filhos, nem precisaria haver um Dia dos Pais.
                       Olhe nos olhos do seu filho, abrace-o, caminhe com ele, pergunte da sua vida – e ouça a resposta!
                      O mundo precisa urgentemente que cada pai cumpra o seu papel!





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