Durante grande parte da minha vida listei por volta de vinte
coisas importantes que eu deveria cumprir no ano que iniciava e afixei no lado
de dentro da porta do meu guarda-roupa, para que eu não esquecesse de tentar
cumprir e ir riscando a cada meta atingida. Desde o ano passado, sem nenhuma
determinação prévia, deixei de fazer a tal lista, talvez pelo número expressivo
de tarefas irrealizadas, ou pelo número mais restrito de desejos.
O fato é que pretendo escrever um romance a voltar a tocar
piano como metas novas e não facilmente alcançáveis, por falta de clima e
tempo.
Queria conhecer outros países da Europa, quem sabe ir até o
Japão ver meu filho, mas precisava melhorar muito o meu Inglês enferrujado,
pois não sou boa em mímicas e tenho um senso muito aguçado de ridículo. Não
confio em ninguém para ficar com a minha mãe por mais de três dias e quero
muito ela aqui com a gente, então, são sonhos adiados, quanto mais adiados
melhor.
Essa coisa toda de emagrecimento, academia e congêneres está
sempre na pauta, mas sem desesperos ou exageros, suavemente.
Os check-up médicos anuais, obrigatórios, são sempre feitos
com regularidade e o nervosismo habitual, pelo desconforto dos exames e a ansiedade
pelos resultados. As visitas ao dentista ficam mais frequentes com o passar do tempo,
pois os dentes vão cansando de tanto mastigar (conclusão minha).
Ir mais ao cinema, ler mais, rezar mais, tudo isso faço
sempre, acho que de tanto constar das minhas antigas listas de prioridades.
Acho que ser mais tolerante, mais compreensiva, mais conciliadora,
mais paciente é uma busca constante, necessária para quem valoriza a harmonia
familiar e o encontro de todos.
Imagino para um Prefeito, um Governador, um Presidente a imensa
lista de prioridades que eles precisam elencar e o pouco que conseguirão ir riscando,
pois quase tudo depende de dinheiro, de verba, de arrecadação. Depende,
sobretudo, de cortes nos cargos comissionados, nas secretarias supérfluas, nas
obras superfaturadas, nos desvios de dinheiro, na corrupção.
Penso que, se eu ainda fosse fazer uma lista de prioridades,
talvez mudasse o título para lista de pedidos e, quem sabe, um só serviria para
conseguir todos os outros: PAZ!
Paz para os casais, para as famílias, para as escolas, para
os vizinhos, para os amigos, para a cidade, para o estado, para o país, PAZ
PARA O MUNDO!
Menos ódio, menos armas, menos pânico, menos estresse, menos
depressão, menos ira, menos bebida, menos droga, menos cigarro, menos correria
de carros e motos e mais, muito mais, AMOR e tolerância. Respeito aos
diferentes, pensamento construtivo, sem torcida contra, menos críticas e mais
ajuda, tudo por um mundo e uma vida melhor para todos.
Acho que essa seria a minha grande prioridade para 2017.
Oxalá
fosse a de muitos também!
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