terça-feira, 29 de dezembro de 2015

QUE NO NOVO ANO...




Você tenha, sobretudo, TEMPO.
Tempo para pensar; para sorrir; para abraçar; para rezar; para esperar a fila andar; para se observar no espelho; para ouvir seu coração; para doutrinar seu espírito; para contar até dez antes de explodir; para organizar suas coisas nas gavetas dos armários e da memória; para responder aquela cartinha que, de tão especial, foi sendo adiada e está até hoje sem resposta; para atualizar suas fotografias no Orkut e no Facebook; para rever aqueles filmes que lhe marcaram tanto; para ouvir suas músicas prediletas sem estar fazendo mil coisas ao mesmo tempo; para ouvir seus parentes e seus amigos que mal conseguem lhe dirigir duas palavras antes que você volte a correr; para olhar para o céu de dia e de noite, redescobrindo o sol, a lua e as estrelas, procurando as constelações; para ouvir o canto dos pássaros e seus diálogos canoros a cada manhã; para experimentar seus presentes de natal antes de jogá-los nos fundo do armário; para saborear sua comida, reconhecendo ou descobrindo novos sabores, mastigando devagar; para ler os livros novos que tanto lhe chamaram a atenção e reler os antigos, os vitais, os da vida toda; para apreciar a natureza e se decidir a preservá-la de todas as formas e, sobretudo, para se livrar de pesos inúteis nas costas como rancores, ódios, invejas, ciúmes e tudo o mais que só aniquila, pesa, esmaga e não deixa respirar profundamente e ser feliz.
Tomara que, na contagem regressiva do final do ano, você não precise apagar quase tudo o que fez, entendendo que até os erros fazem parte da história e da vida da gente e que, de toda maneira, dificilmente conseguiriam ser apagados de verdade.
Oxalá sua lista de prioridades para o novo ano não se resuma a bens e atitudes puramente materiais, que você realmente se preocupe com seu bem estar físico e mental e pense em retomar hábitos e atitudes que tanto bem lhe faziam e foram deixados de lado, por outras ocupações bem menos importantes do ponto de vista de sua humanidade.
Não esqueça, querido amigo e leitor, que a meia-noite do dia 31 de dezembro, os fogos de artifício, as rolhas de champanhe, as uvas, a lentilha, as ondas do mar e tudo o mais não mudam grande coisa efetivamente e que dia 1º de janeiro é apenas um dia depois do 31.
Por isso, comece a ser mais feliz desde agora, não se cobre demais, nem prometa tanto, pois é de grão em grão que a galinha enche o papo e de passo a passo que se faz uma caminhada.

Feliz Ano Novo! E seja feliz todo o resto da sua vida!











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