sábado, 26 de dezembro de 2015

COMUNICAÇÃO VIRTUAL


           É batendo várias vezes na mesma tecla que a gente aprende a tocar piano.
          Que mal há em voltar ao mesmo assunto de vez em quando?
          Afinal, estamos dentro do famoso "mundo virtual", aquele que aproxima as pessoas, entretém, informa, atualiza e mil outras coisas.
          À primeira vista é isso mesmo que acontece. Neste monitor consegui rever amigos  dos quais não tinha mais a menor idéia, conhecer seus filhos, seus netos, suas casas e até seus cachorros e gatos.
         Soube da formatura de ex-alunos, do sucesso de ex-colegas, do paradeiro de ex-amores.
         Conheci os amigos e as namoradas dos meus filhos e pude conhecê-los mais a fundo do que se me tivessem sido apresentados.
         É claro que nesses sites de relacionamento quase todos colocam só o seu melhor, entretanto, para quem sabe ler entrelinhas muita coisa pode vir à tona.
         Concluída a apologia, passemos às críticas.
         Nem tudo pode ser dito abertamente nas páginas dos perfis sociais, pois há muitos pares de olhos, nem sempre bem intencionados, nem sempre amigos. Portanto, não seria razão suficiente para esquecermos os e-mails, as cartas, as mensagens, enfim, a comunicação pessoal, particular e verdadeira entre os amigos.
Geralmente, quando abro minha caixa de mensagens, encontro muito lixo eletrônico, algumas propagandas de lojas, vários encaminhamentos (com os endereços todos a descoberto) e raramente uma cartinha pessoal. Claro que existem coisas interessantes, ou engraçadas, ou raras, ou emocionantes, mas são exceções. Eu adoraria que meus amigos me enviassem só essas coisas raras e que as lojas esperassem que eu as acessasse quando quisesse comprar alguma coisa.
         Então, que comunicação é essa?!
        Tenho tido muitos leitores aqui no blog e, como sempre, poucos comentários. As tais "letrinhas" dificultam um pouco. Mas alguns conseguem postar seus comentários, outros tentam pouco, há os que preferem comentar no FB, os que leem, mas não gostam de comentar e todos são por mim respeitados.
         Agora, logo que ingressei neste mundo, há mais de dez anos, eu não dava conta de tanto escrever e responder e-mails. Ficava maravilhada!
         O mesmo sucede com os blogs. É preciso que os textos contenham alguma coisa que fique, que mexa com sua cabeça em algum sentido, que lhe provoque alguma reação; caso contrário, haja tempo para ler tanta coisa!
         O Orkut foi abandonado porque, pra brincar de fazendinha, deveria haver um site específico.
         O Twiter uso bem pouco. Não consigo imaginar que alguém tenha interesse numa frase dita por outro, a não ser que este outro seja realmente genial (ou global).
          O Facebook, se não inchar demais, ainda é o que mais uso.
          Aqui é a minha casa virtual. Quem não me visitar aqui não me conhece, nem procura me conhecer. Porque aqui a alma precisa falar e não bastam sorrisos ou olhares para estabelecermos uma comunicação. 

   .



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