É
batendo várias vezes na mesma tecla que a gente aprende a tocar piano.
Que mal
há em voltar ao mesmo assunto de vez em quando?
Afinal,
estamos dentro do famoso "mundo virtual", aquele que aproxima as pessoas,
entretém, informa, atualiza e mil outras coisas.
À
primeira vista é isso mesmo que acontece. Neste monitor consegui rever
amigos dos quais não tinha mais a menor idéia, conhecer seus filhos, seus
netos, suas casas e até seus cachorros e gatos.
Soube da
formatura de ex-alunos, do sucesso de ex-colegas, do paradeiro de ex-amores.
Conheci os
amigos e as namoradas dos meus filhos e pude conhecê-los mais a fundo do que se
me tivessem sido apresentados.
É claro
que nesses sites de relacionamento quase todos colocam só o seu melhor,
entretanto, para quem sabe ler entrelinhas muita coisa pode vir à tona.
Concluída
a apologia, passemos às críticas.
Nem tudo
pode ser dito abertamente nas páginas dos perfis sociais, pois há muitos pares
de olhos, nem sempre bem intencionados, nem sempre amigos. Portanto, não seria
razão suficiente para esquecermos os e-mails, as cartas, as mensagens, enfim, a
comunicação pessoal, particular e verdadeira entre os amigos.
Geralmente, quando abro
minha caixa de mensagens, encontro muito lixo eletrônico, algumas propagandas
de lojas, vários encaminhamentos (com os endereços todos a descoberto) e
raramente uma cartinha pessoal. Claro que existem coisas interessantes, ou
engraçadas, ou raras, ou emocionantes, mas são exceções. Eu adoraria que meus
amigos me enviassem só essas coisas raras e que as lojas esperassem que eu as
acessasse quando quisesse comprar alguma coisa.
Então, que
comunicação é essa?!
Tenho tido muitos
leitores aqui no blog e, como sempre, poucos comentários. As tais "letrinhas"
dificultam um pouco. Mas alguns conseguem postar seus comentários, outros
tentam pouco, há os que preferem comentar no FB, os que leem, mas não gostam de
comentar e todos são por mim respeitados.
Agora,
logo que ingressei neste mundo, há mais de dez anos, eu não dava conta de tanto
escrever e responder e-mails. Ficava maravilhada!
O mesmo
sucede com os blogs. É preciso que os textos contenham alguma coisa que fique,
que mexa com sua cabeça em algum sentido, que lhe provoque alguma reação; caso
contrário, haja tempo para ler tanta coisa!
O Orkut foi
abandonado porque, pra brincar de fazendinha, deveria haver um site específico.
O Twiter uso
bem pouco. Não consigo imaginar que alguém tenha interesse numa frase dita por
outro, a não ser que este outro seja realmente genial (ou global).
O
Facebook, se não inchar demais, ainda é o que mais uso.
Aqui
é a minha casa virtual. Quem não me visitar aqui não me conhece, nem procura me
conhecer. Porque aqui a alma precisa falar e não bastam sorrisos ou olhares
para estabelecermos uma comunicação.
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