quarta-feira, 22 de julho de 2015

DE BOAS INTENÇÕES...





                          Quantas vezes nos prometemos coisas que deixamos de cumprir!

                          Você não?

                          Sempre cumpre suas promessas?

                          Pois eu geralmente cumpro o que prometo aos outros, já para mim...

                          Na hora do aperto, da dor, do desencanto, somos pródigos em reforçar nossa mea culpa e estabelecer, mais uma vez, novos parâmetros, logo esquecidos.

                         Quando lemos alguma matéria elucidativa e constatamos nossas falhas, de imediato traçamos novas linhas de ação, juramos nos emendar e seguir à risca o que aconselham os entendidos no assunto. Que nada! Dali a pouco já estamos repetindo erros, esquecendo as promessas, adiando ad infinitum uma tomada de posição. A não ser quando caímos doentes, ou quando nossos exames dão muito alterados e o médico nos assusta pra valer. Só que aí geralmente já é tarde.

                         Em relação aos vícios, essas falsas promessas são cotidianas. A vontade é débil e a busca do prazer facilmente a supera. Mesmo sabendo que o destino é sombrio, poucos abandonam seus vícios e a decepção consigo mesmos pelo fracasso faz com que se afundem cada vez mais na ilusão que eles promovem.

                          É o fumante que só abandona o cigarro na última internação hospitalar; o alcoólatra que custa a reconhecer a dependência e se apega a falsas ilusões até o fígado estourar; o obeso que só consegue parar de comer com uma cirurgia de redução de estômago, mesmo com exames muito alterados e riscos imensos para a saúde; o sedentário que, com preguiça de se movimentar, acaba tendo que desentupir as veias cirurgicamente. E por aí afora.

                          Todas essas pessoas, muitas vezes, levantaram da cama se prometendo mudar de vida, corrigir os erros, reagir à inércia, vencer o vício... e acabaram dando de ombros, deixando pra lá, usando o célebre “um dia eu faço”. Pena. Esse dia costuma chegar junto com aquele outro, aquele que vai tentar uma sobrevida, sem qualidade nenhuma, com as pessoas em volta dizendo com o olhar: eu avisei!

                           Chega de tapar o sol com a peneira! Chega de mentir para você mesmo! Se não consegue sozinho, busque ajuda! Mas cumpra suas promessas, não deixe para amanhã, porque já pode ser tarde demais!

                           Basta de discursos! Reaja! Não esqueça que de boas intenções o inferno está cheio!




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