terça-feira, 21 de julho de 2015

LITERATURA ERÓTICA




                           Eros é o amor apaixonado, com desejo e atração sensual. A palavra Eros inclui tudo que visa o prazer, como o contato físico, alimentação, energia, movimento, alegria.
                           Uma nova corrente literária aponta a literatura erótica como forte tendência entre os escritores e os leitores, valendo-se de garimpagens nas obras de diversos autores que se consagraram por outro tipo de texto.
                          Se há quem leia, deve haver quem escreva. E vice-versa. O risco é de a literatura erótica escorregar para a vulgaridade, mais ou menos como alguém que sugere e alguém que mostra, como uma linda mulher sob um véu transparente e a mesma mulher completamente nua; uma erótica, outra vulgar.
                         Há leitores para todos os tipos de livros, assim como para todos os tipos de filmes e de músicas. E é bom que seja assim. Nem mesmo os clássicos da literatura universal agradaram a gregos e troianos. Os leitores que formam filas quilométricas para comprar os livros de Paulo Coelho dificilmente ficariam o mesmo tempo na fila de Danielle Steel. E Machado de Assis, se vivo, talvez nem formasse filas.
                        Nelson Rodrigues foi execrado em vida e idolatrado trinta anos depois, embora nem todos tenham compreendido realmente sua obra, atribuindo a ele um texto que ele nunca escreveu, onde havia todo tipo de sugestão, mas um palavrão sequer!
                       Comenta-se que a mistura de gêneros é também outra forte tendência contemporânea, no entanto, quem compra um livro, geralmente procura algo do gênero que mais lhe agrada e se sente enganado quando precisa se confrontar com outro texto, em relação ao qual não tem nenhuma afinidade.
                       Bravatas sexuais, bacanais metafísicos, sexo teatralizado, descrições anatômicas são componentes esperados na literatura dita erótica. E, sem sombra de dúvida, cresce o número de leitores que os apreciam e buscam.
                        Na poesia, o erotismo é mais sutil, pela economia das palavras. Já na prosa há que ter um cuidado extremo para não descambar para a vulgaridade, nem ferir leitores mais sensíveis e menos afeitos a essas manifestações carnais descritas em detalhes.
Imoralidade, vulgaridade, putaria são adjetivos fortes que não se aplicam à verdadeira literatura erótica, aquela que nos envolve, nos fascina e nos encaminha para um desfecho presumível, mas pouco detalhado. Para ambos os casos há leitores, o que não se deve é confundi-los.
                       Depois de um sexo bom, assim como depois de um livro ótimo, não há muito o que dizer. Só aquele grunhido murmurado, quietinho, uma piscadela de um olho que revela apenas: uau! Gostei.
                       Da minha parte, posso dizer sobre o tema que: já fiz, já li, mas não sei escrever sobre!








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