No
dia que dedicaram à Mulher, quero agradecer muito aos homens da minha vida, que
me permitiram ser Mulher em toda acepção da palavra, muito além de uma questão
de gênero apenas.
Respeitando
minha memória, começo agradecendo ao meu avô materno que, mesmo tendo partido
cedo demais, fez com que eu me sentisse importante entre seus outros quatro
netos homens.
Meu
pai conseguiu que eu jamais me achasse injustiçada por pertencer ao sexo
feminino, elevando ao máximo minha condição e valorizando os dons que nem todos
reconheciam naquela época e que iam muito além dos afazeres domésticos e dos
trabalhos manuais. Com ele me senti sempre respeitada, valorizada, incentivada
a perseguir sonhos e ideais, ao mesmo tempo em que sabia que podia contar
sempre com a sua proteção. Pelo pai que tive, acredito que eles são decisivos
na formação das filhas mulheres.
Meus
irmãos fizeram com que eu me sentisse especial, com que meu instinto materno
aflorasse e se manifestasse em carinhos, beijos, risadas e cafunés. Por outro
lado, com eles pude experimentar todas as travessuras “de meninos”, me
divertindo ainda mais do que com as bonecas.
Os
namorados, flertes, paqueras da minha adolescência e juventude contribuíram
muito na formação da minha sensibilidade e deles lembro até hoje com carinho,
pois foram sempre pródigos em elogios e palavras doces.
Meu
primeiro marido amadureceu comigo e já embalando nossos meninos que, sem sombra
de dúvida, foram os maiores e incomparáveis tesouros que colocamos sob a face
da terra. Sua presença foi determinante na conquista da minha maturidade e na
parceria no desempenho dos nossos papéis mais relevantes: o de pais.
Cada
filho trouxe para a minha vida um acréscimo de reconhecimento do universo
masculino, de respeito às diferenças e de incomensurável amor. Através deles me
tornei mais preparada para entender os alunos e para advertir as alunas sobre
alguns equívocos recorrentes na formação dos pares. Fui mãe protetora, depois
passei a irmã e hoje eles ensaiam para se tornarem meus pais.
Meu
neto Lucas, do alto dos seus onze anos, mal saído do meu colo (porque não cabe
mais) principia a ter cuidados comigo, a oferecer o braço, a prestar favores, a
querer me acomodar nos melhores lugares.
Agradeço
ao Paulo pelos seus longos silêncios que permitiram que o fio dos meus
pensamentos não sofresse rupturas e eu conseguisse escrever.
Todos
os homens que passaram pela minha vida me ensinaram o quanto é bom ser Mulher,
o valor imenso de ter seus dons reconhecidos, desde o piano, dos livros até as
panelas, circulando por eles com desenvoltura e naturalidade, reconhecendo em
cada coisa um pouco de mim mesma.
Ao
mesmo tempo, esses mesmos homens me deram a certeza de que não estou sozinha no
mundo, que sempre posso contar com eles e que estarão por perto quando deles eu
precisar.
Por
isso, nesse dia dedicado à Mulher, quero, sobretudo, agradecer aos homens que
me permitiram me orgulhar da minha feminilidade!
2 comentários:
Lindo texto,é muito elegante vir agradecer aos homens que fizeram e fazem parte da tua vida .Realmente,avós, pai,no meucaso padastro que me deu todo o amor e estrutura familiar,estudo e educação.Meu filho tem sua familia,espero que minha nora saiba valorizar o tesouro que tem.
É o que todas nós - mães/sogras - desejamos!
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