Gosto
muito de viajar! No mínimo uma vez ao ano consigo dar uma escapadinha para ver
gente e lugares diferentes, sair da rotina, esquecer os problemas, renovar as
energias.
Ultimamente, tenho preferido as estâncias hidro-minerais, pelo benefício das
águas, pelos belos hotéis com todas as refeições (e que refeições!) e,
sobretudo, pela natureza preservada, ar puro, canto de pássaros, rios, lagos e
córregos cheios de peixes. Assim é Termas de Jurema, no Paraná, lugar inesquecível para onde pretendo voltar assim que der. Nem uma massa polar que se estendeu até lá em nossa visita conseguiu empanar o
encantamento. De manhã e à noite esfriava, mas durante o dia o céu azul e o sol
glorioso compensavam tudo.
Piscinas
aquecidas, pescaria, caminhadas, massagem, ginástica, bicicleta, cavalos,
charretes, shows e muita dança na boate todas as noites, com músicas
“dançáveis” e ainda rodas de viola junto a imensas lareiras. Para mim, são
excelentes programas!
Nesta
vez, o que me chamou a atenção foi a quantidade de mulheres chegando em
barulhentos grupos, com um ou dois homens deslocados entre elas, suportando as
brincadeiras e sendo cuidados pelas companheiras de viagem. Por onde andariam os
maridos destas mulheres? A maioria é viúva, infelizmente. Passaram anos
servindo a um marido muitas vezes exigente, machista, desanimado, teimoso, que
sempre resistiu a seus convites para começar a se cuidar, abandonar os vícios,
dançar, ser um pouco mais alegre. E se foram, deixando para elas uma pensão
que, bem administrada, lhes possibilita viajar em grupo duas ou três vezes por
ano. Pena que não puderam compartilhar das coisas boas da vida juntos, mas
fazer o quê? Elas bem que tentaram...
Nos referidos grupos merecem destaque as “cabeças brancas” (entre 70 e 90
anos), que se apresentam sem preocupação excessiva com a aparência física ou
com as roupas, sempre aperitivando com uma caipirinha e algum tira gosto,
almoçando e jantando (bastante) com vinho tinto ou cerveja preta e dançando até
fechar a boate às 02h00min, com os rapazes contratados pelo hotel.
Por
essas e outras concluo que longevidade combina, sobretudo, com alegria de
viver!
A genética influi, uma boa alimentação e exercícios físicos ajudam bastante,
mas o verdadeiro segredo de viver muito e VIVER BEM está no sorriso, na leveza
com que encaram a vida, na paciência, na tolerância e no bom humor.
Minha homenagem hoje vai para essas mulheres divertidas e maravilhosas!
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