sábado, 6 de outubro de 2012

PROMESSAS DE CAMPANHA




Neste pleito, em Florianópolis, o tripé “saúde-educação-segurança”, tão alardeado quanto descumprido, foi substituído, na fala dos candidatos, ou acrescido da promessa de creches.
Acabamos de descobrir que o maior problema das cidades e estados brasileiros é a falta de creches!
E quem é mesmo que mais precisa dessas creches?
Famílias de baixa renda, com ninhadas de crianças irresponsavelmente colocadas no mundo e que, em alguns casos, põem seus filhos na creche para ficar assistindo TV em casa.
Sei do que estou falando. Lecionei muitos anos para o curso de Pedagogia, onde as alunas trabalhavam em creches públicas e contavam casos impressionantes de descaso, maus tratos e agressividade das famílias, além de uma barriga por ano.
Então, nesta eleição, a promessa número 1 da campanha de todos os candidatos é a criação de muitas creches.
Como sempre, nossos políticos tentam resolver os problemas de cima para baixo, maquilando com benesses temporárias e ineficazes, ignorando a raiz do problema que, neste caso, é a falta de planejamento familiar.
Aliás, (e que chovam as pedras) penso que o incentivo é tanto para quem tem filhos que eles estão sendo até mais produzidos do que há algum tempo atrás.
Só as classes de menor poder aquisitivo tem mais de dois filhos hoje em dia. Por que será?
Anticoncepcionais são distribuídos gratuitamente pelo SUS.
E vasectomia é quase indolor e sem riscos. Mesmo assim, os “machos-alfa” não economizam na prole, com várias mulheres inclusive.
E haja creches para eles!
Curioso é que, no debate, a palavra "creche" foi sequer mencionada. Por que será? Acho que andaram me lendo...
Oxalá o candidato eleito consiga cumprir um terço das maravilhosas propostas e promessas!
 Que não roube, nem deixe roubar.
Que conclua as obras iniciadas por seu antecessor, sem onerá-las ainda mais substituindo equipes e licitações e começando tudo de novo, com sua assinatura.
Que não esqueça de tentar refrear a violência, educando quem quer ser educado, prendendo quem optar pela marginalidade e fazendo os presos trabalharem muito nos presídios, para comer e sustentar suas famílias, além de não frequentarem a escola do crime atrás das grades.
Tomara que o futuro prefeito lembre que Florianópolis não é somente uma cidade turística, que a maioria da população nunca foi às casas noturnas de Jurerê Internacional, nem se hospedou no Costão do Santinho.
 Que não esqueça que aqui também se trabalha e  que que precisamos chegar ao nosso destino sem engarrafamentos cruéis, potencializados pelo excesso de visitantes, numa fome insaciável dos hotéis, bares e restaurantes que não cansam de chamar o mundo todo para cá e nos espremem em corredores apertados, filas quilométricas e qualidade de vida muito prejudicada.
Esperamos que o prefeito nao perca o caderninho onde anotou os pedidos de todos os morros que subiu pela primeira vez e que volte lá, com soluções.
Esperamos, enfim, que vença o melhor! E que esse  melhor não seja apenas o melhor para seus correligionários e , sim, para toda a população!



Nenhum comentário: