Este texto está reprisado em homenagem ao meu marido Paulo, que hoje aniversaria:
Não há mal que sempre dure, nem bem
que nunca se acabe.
Férias também acabam e, quase sempre, deixam na gente um gostinho de quero
mais.
Embora acusada de saudosista, careta, tradicional, conservadora, meu segundo
casamento aconteceu a partir da internet e a modernidade chegou ao ponto
de morarmos em casas, cidades e estados separados.
Há doze anos viramos acionistas
da empresa Catarinense, comprando passagens semanais de Curitiba a Floripa e
vice-versa.
Finais
de semana, feriados, feriadões e férias são aguardados com ansiedade para
exercitarmos o companheirismo e não precisarmos mais falar com o cachorro, ou
sozinhos.
Tão
bom ter alguém ao lado que fala o necessário, com voz grave e pausada, no tom
certo.
Bom
também gostar dos mesmos filmes e de ouvir o mesmo tipo de música.
A
rejeição aos perfumes fortes, às pessoas que falam demais, aos ambientes
lotados e barulhentos, tudo isso nos torna mais cúmplices.
Ter
uma escala de valores parecida é determinante para um relacionamento estável.
Como não reconhecer a grandeza de quem consegue amar meus filhos e tolerar suas
crises e rompantes com o carinho e a maturidade de um pai verdadeiro?
Não
há como não amar este avô de inesgotável paciência, que consegue
cativar os pequenos recebendo em troca beijos, abraços e carinhos, mesmo
sem ser o avô biológico deles.
É,
as férias acabaram.
Passeamos
um pouco na Bahia e o tempo voou.
Chegou
a hora do retorno e a casa ficou silenciosa, ainda que ele faça tão pouco
barulho.
Todos
sentimos falta, até os peixinhos do aquário!
Volta logo!
Um
dia a aposentadoria chega.
Parabéns Paulinho!!!
Um comentário:
Obrigado pela homenagem. Sou assim graças ao nosso amor. Beijo
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