Escrevo porque
respiro e transpiro pelas palavras. Escrevo para não sufocar, para sublimar,
para entender o que se passa na minha cabeça. Escrevo para preservar minha
sanidade quando o mundo me atropela. Escrevo porque, sem as palavras, sinto-me
apenas sobrevivendo. Ou sobremorrendo. Como aquele casal, que se afastou tanto,
que nem com palavras se tocava mais...
Escrevo desde o dia
em que me ensinaram a segurar o lápis. Quilômetros de papéis escritos e,
depois, de palavras datilografadas na minha Olivetti, até que cheguei aos
arquivos do Word.
Sempre tive diários;
guardo a maioria deles para rechear os personagens do romance que ainda
escreverei.
Há dois anos, mais ou
menos, fui apresentada aos “diários virtuais”, os tais blogs.
Assim, continuo
nadando nas águas das palavras, mais ou menos inspirada, com muito ou pouco
tempo, com relativa assiduidade.
Escrevo para quem
gosta de ler. Para quem gosta de ME ler. Para quem aprecia as narrativas curtas
sobre assuntos em pauta, ao estilo das crônicas dos jornais.
Escrevo também para
quem prefere ler a escrever e não tem intimidade com a redação; afinal, se só
os jornalistas lessem jornais...
Sei que para um blog
ter sucesso precisa de muitos outros ingredientes, recursos audiovisuais, tempo
diante do computador, visitas (e comentários) a outros blogs.
Às vezes, consigo um
tempinho e procuro, ao menos, retribuir as visitas que recebo de outros
blogueiros. Vejo, então, cada blog que mais parece um site de tão lindo e cheio
de recursos. Fico até um pouco envergonhada, mas me consola saber que o título
do meu bloguezinho não deixa dúvidas, não engana ninguém.
Têm blogs com 40, 50
comentários diários. Será que as pessoas realmente lêem tantos blogs assim, com
a atenção necessária para “senti-los”? Blogs de gente famosa chegam a receber
até 4 000 visitas diárias!
Não, este não é o meu
mundo. Não tenho tempo, nem habilidade para tanto.
Quero apenas
continuar aqui, escrevendo para mim e para
você.
Um comentário:
Maria Luiza Vargas Ramos se autodefinindo: apenas uma mulher que escreve para não sufocar; ela é isto, mas não só isto: trata-se de uma baita escritora lá do Alegrete, onde começou escrevendo crônicas na Gazeta, blogueira e futura romancista(de sucesso, podem crer)... e eu viverei para ler os romances que ela irá escrever em breve.
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