sexta-feira, 14 de outubro de 2011

DESARMAMENTO - enésima parte.


Assistindo ao "Profissão Repórter" da Globo vejo, estarrecida, o disparate de que existem quarenta gangues mapeadas só em Brasília. E quantas ainda sem registro? E em cidades como São Paulo, Rio, Salvador, Porto Alegre, Recife?
Que estranha necessidade é esta de jovens delinquentes se reunirem em bandos para cometer toda sorte de atrocidades?
Disseram no programa que quarenta por cento das mortes causadas pelas gangues são por motivos fúteis. Quer dizer, a metade delas atesta a crescente desvalorização da vida por parte dessas criaturas.
Objetivamente, as mortes acontecem porque estes adolescentes portam armas.
Sempre fui contra o porte de armas para civis. Fiz campanha e votei contra, apesar de gaúcha e do fascínio que os gaúchos têm por andarem armados.
Penso que  só as Polícias e as Forças Armadas deveriam portar armas e as demais teriam de ser destruídas, implodindo inclusive as fábricas de armamentos que não fossem para exclusivo uso militar. Duvido que os assassinatos não fossem diminuir!
Claro que logo virá alguém alegando que esses comerciantes são honestos e precisam sobreviver. A mesma lengalenga dos fabricantes de cigarro e de cachaça. Acontece que quem se dana é o povo!
Além desta medida extrema, a outra saída seria tentar reestruturar as famílias. Numa família onde se respeite os pais (e eles saibam se dar ao respeito) duvido que esses jovens se reunissem para fazer baderna, destruir o patrimônio, roubar e matar.
Exemplos sociais seriam bem-vindos, com seriedade, honestidade e responsabilidade no trato com o público, seus direitos e seu dinheiro.
 Quero crer que este descaso  com a vida seja reflexo de uma sociedade corrompida, de famílias desmanteladas, de escolas que não cumprem seu papel social, da falta de perspectivas, da inversão de valores, da ausência de religião e até dos programas lamentáveis que a juventude assiste na TV.
Enquanto estes jovens perdidos, esquecidos, sem eira nem beira e sem comando arregimentam-se em pelotões do crime, nós, minoria, tentamos incutir esperança e solidariedade em nossos filhos e os largamos pelas ruas desse mundo cão, à mercê da bandidagem, tentando batalhar por seus ideais.
Se, pelo menos, eles não portassem armas...
Deus nos livre!

Um comentário:

Jeanne Geyer disse...

até que um dia alguém é contra as pessoas andarem armadas. entre todos os argumentos que enumerastes, a maioria vai parar nas mãos dos bandidos, que assaltam e ainda levam + uma arma para o seu arsenal.
parece que não tem solução mesmo, é um circulo vicioso...
Beijos