domingo, 10 de abril de 2011

LIBERDADE

           Em nossos dias, esta palavra até se esvaziou um pouco, porque parece que tudo é permitido e temos liberdade total para fazermos o que quisermos na vida. Menos fumar talvez.
         Agora eu os convido a mergulharmos um pouquinho mais fundo no verdadeiro sentido da liberdade.
        Será que a verdadeira liberdade é de atos ou de idéias? Quem sabe das duas coisas.
        Liberdade será sinônimo de independência?
        Ser livre é fazer tudo o que se quer, do jeito que se quer , onde se quer e quando se deseja? Nesse caso, quem será livre de verdade?
        Terá a liberdade parentesco com o egoísmo? Com a inutilidade? Com a solidão?
       Tem gente livre para não fazer nada! Que gosto terá essa liberdade?
        Eu acho que nunca fui livre. A não ser dentro da minha cabeça.
        Sempre tive que fazer coisas que não gostaria de fazer naquele momento e deixei de fazer outras tantas que adoraria ter feito.
       Como sempre digo, não vim ao mundo a passeio e estou sempre carregando a família nas costas. E, é claro, muitas vezes fico louca de vontade de fazer coisas diferentes, ocupar meu tempo a meu bel prazer, viajar, ser contemplativa, notívaga e aquelas coisas todas com que sonhei durante os anos à espera da aposentadoria.
       Por outro lado (sempre tem outro lado), nas raras vezes em que me vejo "livre", relaxada no sofá lendo ou assistindo TV, começo a "ouvir o silêncio" e me dou conta de que a solidão também pode ser barulhenta e asfixiante.
       O que será que fazem as pessoas totalmente livres, donas de seu tempo e de seu nariz? Será que enjoam? Será que se sentem inúteis, vazias? Ou será que curtem e  não saberiam viver de outra maneira?
       Tenho minhas dúvidas...

2 comentários:

Francisco Carlos D'Andrea (francari) disse...

Liberdade: difícil de conceituar e mais difícil ainda de exercer com responsabilidade, sem resvalar para a liberalidade ou mesmo para a libertinagem.

Anônimo disse...

São tantos os impedimentos à libaerdade, tantas as limitações: dinheiro, questões físicas, vontades, coragem. E, muitas vezes quando nos sentimos livres, somos prisioneiros dos próprios pensamentos derrotistas. Elizabete