Quem já não se deliciou com a leveza do corpo numa piscina ou numa praia?
Sabe o que é ter sido bailarina e hoje abaixar e levantar lentamente, algumas vezes entre gemidos?
Ter amarrado as fitas da sapatilha com tanta destreza e agora, muitas vezes, apanhar dos cadarços do tênis?
Pois é, ônus da idade e do sobrepeso. Fumar faz mal, engordar também.
Nas aulas de hidroginástica me realizo. Consigo fazer piruetas e saltitos há muito abandonados e sinto outra vez a sensação do corpo leve, dirigível, sinuoso.
Não por acaso, a água é o elemento do meu signo. Minha comunhão com ela é absoluta e nem as águas mais frias do mar me intimidam. Deve ser por conta desta leveza perdida.
Já a leveza da minha alma quem consegue é a música.
Dependendo do dia, da situação, da companhia, do momento prefiro esta ou aquela, cantada ou orquestrada, mas sempre melodiosa e afinada.
Posso estar vivendo um inferno astral, aos primeiros acordes de Chopin, meu espírito vai acalmando, a respiração se aprofunda, o ritmo cardíaco encontra seu compasso e logo me deixo envolver e anestesiar pela melodia.
Os tempos andam difíceis , andamos matando um leão por dia, entretanto, a água e a música são os cúmplices perfeitos para todas as ocasiões. Com eles, esqueço os quilos a mais com que o abandono do tabagismo me brindou e as pessoas cujo único sentido no mundo é o de perturbar os outros, sugá-los, pisoteá-los, fazendo disso sua meta única e maior.
De resto, nada que um bom mergulho e a voz incomparável de Jessé não deem jeito.
Um comentário:
Exercícios na água é tudo de bom, conseguimos fazer sem sentir o impacto, na água fica mais leve.O importante é achar o que nos traz mais prazer, atividade física é prioridade na nossa faixa etária.
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