Dia de eleição. Muitos candidatos devem estar com o coração na mão. Eu também, por motivos distintos.
Sabe quando a gente dorme mal e já acorda cansado, com sono, com nuvens escuras pairando sobre a cabeça e o peito oscilando entre a ansiedade e a depressão?
Pensar dói.
Olhar no espelho não melhora nada, pois não vejo a mim e sim minha avó, de quem eu gostava tanto, mas que já era gorda e velha. Sempre fomos parecidas, agora fi-la ressuscitar pois me transformei na própria.
Não sinto vontade de votar, nem de cozinhar, nem de finalizar aquela canjica que comecei nem sei porque.
Ler e escrever são minhas únicas fontes de alívio, já que não sou muito de conversar, menos ainda ao telefone.
Hoje pelo menos tem sol. Quem sabe um pouco dessa tristeza derrete e vai embora?
Sinto saudades de mim. Em todos os sentidos. Porque essa amargurada, feia, disforme, cheia de dores no corpo e na alma definitivamente não sou eu.
Meu equilíbrio está por um fio. Sempre fui a fortaleza, todavia, elas também caem.
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