sábado, 20 de março de 2010

PERFUMES

               Há um comercial de perfume que passa na TV cujo texto garante à potencial consumidora que seu uso "conquistaria um homem para sempre".
                 E eu pergunto: Que homem? Que perfume?
                 Existem perfumes doces, grudentos, cítricos , fortes, fracos, pouco ou muito fixados, enfim, tudo uma questão de gosto. E, parece mentira, mas até nisso os casais precisam combinar, porque o olfato é importante num relacionamento e a fragrância errada pode colocar tudo a perder.
                 Claro que o cheiro da pele é determinante e que estimula (ou não) todo o resto. O perfume deve ser apenas um complemento daquela afinidade olfativa, daquele cheiro gostoso da pessoa amada, em cada dobrinha de sua pele. O ato de cheirar o travesseiro, o casaco do (a) amado (a) evidencia esta importância.
                Agora, para quem não gosta, uma finíssima fragrância francesa, doce, marcante, pegajosa pode desencadear até uma crise de enxaqueca. Vi e experimentei isso diversas vezes, inclusive com uma colega de ginástica que exalava cada vez mais o forte perfume à medida que suava e a gente ia ficando enjoado, quase vomitando, com a cabeça latejante.
                 Para mim, o perfume só pode ser aplicado logo após o banho, com a pele bem limpa e deve ser cítrico, suave, de pouca fixação. A exceção fica por conta das festas, eventos noturnos que requeiram um perfume mais marcante, mas sempre puxando para o cítrico, o fresco, o amadeirado, nada doce ou floral.
                Normalmente, os perfumes masculinos são menos agressivos ao olfato e muitas mulheres os preferem, por causa disso mesmo.
                Sei que muita gente adora andar sempre ultraperfumada e seus companheiros compartilham desse gosto. Bom para eles.
                O difícil é alguém conseguir se aproximar de um perfume desagradável ao seu olfato, portanto, desacreditando o comercial que garante a permanência de qualquer homem ao lado da mulher que use o tal perfume.

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