domingo, 30 de dezembro de 2018

MINHA RETROSPECTIVA 2018

                    Olhar pra trás.
                    Nem sempre é bom, todavia, para se construir uma retrospectiva de um período, faz-se necessário.
                     Nesse ano, nosso país se perdeu nas mãos de maus administradores e pessoas profundamente desonestas. Perdemos o orgulho de sermos brasileiros e nos vimos amedrontados pela violência crescente e pelos desmandos de toda ordem. O ponto positivo foi a Polícia Federal ter conseguido destampar a panela fétida da corrupção e mostrar ao povo quem são os safados, os ladrões, os corruptos. Prendeu muitos deles, embora certo Ministro tenha o mau hábito de libertá-los... Cabe à PF, inclusive, a distinção de ser uma das únicas instituições que ainda mantém credibilidade nesse país devassado pelos malfeitores.
                     A natureza andou revoltada com o descaso do homem, com o excesso de lixo, com o desmatamento irresponsável e resolver assustar. Tempestades, furacões, vulcões, ressacas mostraram a nossa pequenez diante das catástrofes naturais.
Alguns líderes internacionais, de países poderosos, perderam o bom senso e a cautela e colocam em risco a paz mundial. Além disso, o fanatismo religioso continua vitimando inocentes.
                     O câncer se espalha descontroladamente, causado, quem sabe, pelos hábitos de vida poucos saudáveis, pela poluição, pela contaminação do ar e dos alimentos. Muitas famílias choram e se preocupam com essa doença terrível.
                     Os valores estão sendo postos em cheque num país que não incentiva a leitura, que não apresenta às crianças a boa música, que fomenta o erotismo nas crianças e jovens e que quer se dizer moderno quando tenta abolir todas as leis, toda a moral, todo o respeito por si próprio e pelo outro. Um país que não respeita os professores, que menospreza os idosos, que explora os aposentados, que mata os policiais que defendem a população e onde armas e drogas constituem a argamassa dos morros e favelas.
                       Infelizmente, chegamos ao ponto do cidadão de bem ficar preso em casa, enquanto os malfeitores desfilam soltos e fortemente armados por onde querem. Um lugar onde nosso salário não pode comprar coisas boas e bonitas e, quando pode, não pode ostentá-las por conta da cobiça da bandidagem. Um lugar onde as crianças já não podem andar um quarteirão sequer sozinhas e são assustadas em casa desde pequenas, para que aprendam a se proteger e defender.
                        Esse é o Brasil de 2018.
                        Mas não só esse. Existe ainda outro. Um país onde pessoas fazem trabalho voluntário nos asilos e nos hospitais. Gente que se dispõe a cozinhar e distribuir alimentos para moradores de rua. Professores que dão aulas gratuitas a jovens carentes que tentam acessar a Universidade, escritores que doam livros para bibliotecas e escolas sem recursos, procurando alargar os horizontes e formar cidadãos. Gente boa que trabalha no campo produzindo alimentos. E ainda há muitos que procuram praticar o bem.
                        Meu ano pessoal foi bom, porque tivemos saúde, tivemos união e, mesmo o único pedacinho da família que se encontra circunstancialmente desgarrado, se fez presente aqui neste final de ano, enchendo de alegria nosso coração saudoso.
                        O ponto alto do meu ano foi, sem dúvida, ter recebido a Comenda Oswaldo Aranha,lá no meu Alegrete, onde vivi e revivi os melhores anos e as maiores emoções da minha vida e pude desfrutar de um reconhecimento que costuma ser apenas póstumo. Posso assegurar que, com vida e saúde, tudo fica ainda muito mais valioso!
                         Na Feira do Livro de Porto Alegre lancei mais um livro, que agora somam catorze, sem contar as dezenas de Antologias em que tive a honra de participar.  Coube-me, também, falar sobre a saga dos escritores independentes, o que me deu bastante satisfação por se tratar de um assunto que conheço e vivencio anualmente. Meus livros nunca se pagam, sempre arco com um déficit previsível e assim será até que eu possa fazê-lo. Recebi prêmios importantes em concursos, inclusive minha estrelinha LUME foi premiada no Rio de Janeiro e reconhecida no Museu de Astronomia, o que não é pouca coisa.
                         Completei sessenta e seis anos, tenho uma mãe admirável de noventa e nove, três filhos que são para mim o suprassumo da minha existência, cinco netos maravilhosos, um marido companheiro, irmãos inteligentes, noras dedicadas, sobrinhos amorosos, enfim, muito mais a agradecer do que a pedir. E a chegada da Mariana foi o ponto alto desse inverno.
                           depois de uma eleição presidencial tumultuada, a maioria do povo brasileiro conseguiu eleger seu representante, mesmo que tenham tentado matá-lo no meio do percurso e nele e no seu governo que inicia com o ano depositamos muita esperança de dias melhores, onde a honestidade, a Ordem e o Progresso voltem a ser a tônica do nosso país.
                         Tenho também uma memória seletiva que me protege e me livra de colocar fermento em coisas ruins.
                         Graças a Deus!
                         E que venha 2019!
 
 
 
 

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