Nem
sempre os pais encontram tempo para ler esses textos sobre a educação dos
filhos, o que é uma pena. Se você tem crianças na família, deve colaborar
multiplicando o que lê e o que aprende, pois educar é uma forma muito concreta
de amor.
Os
psiquiatras e psicólogos infantis andam preocupados com a rotina das famílias
em nossos dias e com os incontáveis malefícios advindos das mesmas. Dizem que,
não raro, à noite – único momento que as famílias têm para confraternizar,
conversar, ficar juntas, geralmente o pai fica no computador, a mãe no tablet e
a criança no celular, quando não estão em mais de um aparelho eletrônico ao
mesmo tempo, muitas vezes mandando mensagens uns para os outros. Com isso, as
crianças estão ficando muito sozinhas, sem supervisão, sem mediação nas coisas
que assistem na TV, sem o hábito saudável das conversas familiares, onde
aprendiam até mais do que na escola, pois aprendiam a Vida.
Segundo
a Sociedade Brasileira de Pediatria, crianças de zero a dois anos não deveriam ter
contato com essas tecnologias. De três a cinco anos podem ter apenas uma hora
de exposição diária e dos seis aos dezoito anos o máximo é de duas horas
diárias. Portanto, não se trata de retrocesso, mas de adaptação dos avanços
tecnológicos à saúde das crianças como um todo e, principalmente, a uma real
qualidade de vida.
É
muito triste ver uma criança querendo contar seu dia na escola a um pai e uma
mãe de olho no celular, nas redes sociais, ou nos joguinhos. É de chorar!
Quando
são mais crescidos, as redes sociais podem ser um perigo enorme, caso não sejam
monitoradas pelos pais. As crianças devem entender que a rede social é como uma
rua enorme, cheia de perigos e que, nela, a criança e o jovem tem que tomar
muito cuidado, pois não estará protegido como dentro de casa.
As
tecnologias devem vir ao encontro das pessoas para melhorar, para facilitar sua
vida. Consultar museus, bibliotecas virtuais, conquistas científicas,
preferencialmente junto com os pais é um uso adequado, desde que não exceda o
tempo de exposição para cada faixa etária. Um bom jogo com peças reais, para
montar e brincar, será sempre mais benéfico para todos do que a prisão diante
de um monitor, com luz inadequada, letras e imagens pequenas forçando os olhos
e uma linguagem abreviada que só faz piorar as notas em Português.
É
muito mais fácil prevenir do que remediar! Tem que ler para as crianças na hora
de dormir e não entregar um tablet para ela ficar quieta.
Tem
que sentar para fazer as tarefas escolares auxiliando os filhos, bem longe do
celular!
Tem
que desligar todos esses aparelhos para ouvir suas crianças, para prestar
atenção nelas, para ensinar, para orientar, para abraçar e beijar, senão, não
vai adiantar reclamar quando elas passarem noite e dia conectadas e não derem
mais a menor bola para os pais.
Faz
parte do papel dos pais cuidar, proteger e monitorar. Existe uma confusão com
relação à hierarquia dos papéis. As famílias devem ter regras e essas regras
precisam ser observadas. Dizer não, muitas vezes, é até mais importante do que
dizer sim. Os pais precisam estabelecer limites, explicando as razões das
proibições, pois compete a eles orientar e proteger os filhos.
Pode
ser bonitinho uma criança pequena que já sabe manejar um aparelho eletrônico.
Mas não é nada bonito criar uma dependência precoce nela, ou deixar de
desenvolver hábitos muito mais saudáveis e adequados à idade.
Ajude
as crianças da sua família, seus alunos, seus vizinhos, conversando sobre essa
prejudicial dependência dos adultos jovens aos aparelhos eletrônicos e sua
influência nefasta na educação e na saúde das gerações futuras.
É
uma atitude que vale a pena!
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