quinta-feira, 14 de julho de 2016

Prefácio e Orelha do NÃO BASTA VIVER (2014).



PREFÁCIO:


Palavras são sempre o menor espaço de comunicação entre as pessoas depois da fala, é a forma mais legitimada de deixar escrito o seu recado, é o desejo do coração e da mente em deixar tatuado para sempre na superfície branca a sua opinião, sua inspiração , sua reflexão e por que não dizer, sua transpiração, pois, segundo Mário Quintana, escrever é 10% de inspiração e 90% de transpiração Concordo plenamente, como escritora, pois não identifico despretensão no ato de escrever, ou uma atividade ingênua diferente de qualquer outro trabalho. Não que seja um trabalho forçado ou pouco prazeroso, mas uma bússola que indica onde começa o caminho de realização pessoal do escritor.

Quando recebi o convite para prefaciar a obra de Maria Luiza Vargas Ramos, me atentei ao fato de me prender aos seus textos que li e gostei desde o primeiro contato, não me prendendo a Maria Luiza Vargas Ramos avó amorosa e mãe protetora, ou me entregaria a elogios românticos, coisa que sou muito pouco afeita, e poderia me tornar piegas. E foi assim, tentando me prender apenas à escritora que parei para refletir e me veio a dúvida: como definir o trabalho traçado em seu novo livro?

Fácil demais, posso afirmar, pois falar da Escritora Maria Luiza Vargas Ramos é mais simples do que falar sobre qualquer outra Maria que compõe a mesma, uma vez que o dom da escrita veio com ela, as palavras simples, com vocabulário cotidiano, fluem dos dedos da escritora com tanta facilidade quanto delicia nosso apetite por palavras e textos, facilmente digeríveis e deliciosamente bem elaborados.

A autora não se preocupa apenas com o pecado das letras, ou qualquer paradigma crítico, deixa as palavras fluírem da sua alma, ainda que rigorosamente corretas.

Deixar seu trabalho na história não será difícil, uma vez que é uma das melhores cronistas contemporâneas que conheço e já deixei clara a comparação até mesmo com Clarice Lispector, uma das maiores damas das crônicas de nosso país. E cada nova obra vinda da “transpiração” da autora é para nós um presente ao leitor do hoje, e mais que isso, é uma certeza da existência da obra e uma herança para o leitor do amanhã.

Brindemos!



Izabelle Valladares

Escritora e Presidente da LITERARTE



ORELHA:

Em seu mais novo trabalho com a palavra, Maria Luiza lança um olhar apurado acerca do cotidiano e transita com competência pelos mais diversos assuntos. Desde sua experiência pessoal como avó; a paixão pelos livros e pela escrita; até o uso das redes sociais e suas implicações. O leitor tem em mãos uma prosa fluida, de rara sensibilidade e um convite ao debate e à reflexão, típico dos bons cronistas.



Vanessa Regina
Poeta e Mestre em História da Literatura


 


 

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