PREFÁCIO:
Palavras são
sempre o menor espaço de comunicação entre as pessoas depois da fala, é a forma
mais legitimada de deixar escrito o seu recado, é o desejo do coração e da
mente em deixar tatuado para sempre na superfície branca a sua opinião, sua inspiração
, sua reflexão e por que não dizer, sua transpiração, pois, segundo Mário
Quintana, escrever é 10% de inspiração e 90% de transpiração Concordo
plenamente, como escritora, pois não identifico despretensão no ato de
escrever, ou uma atividade ingênua diferente de qualquer outro trabalho. Não
que seja um trabalho forçado ou pouco prazeroso, mas uma bússola que indica onde
começa o caminho de realização pessoal do escritor.
Quando recebi o
convite para prefaciar a obra de Maria Luiza Vargas Ramos, me atentei ao fato
de me prender aos seus textos que li e gostei desde o primeiro contato, não me
prendendo a Maria Luiza Vargas Ramos avó amorosa e mãe protetora, ou me
entregaria a elogios românticos, coisa que sou muito pouco afeita, e poderia me
tornar piegas. E foi assim, tentando me prender apenas à escritora que parei
para refletir e me veio a dúvida: como definir o trabalho traçado em seu novo
livro?
Fácil demais,
posso afirmar, pois falar da Escritora Maria Luiza Vargas Ramos é mais simples
do que falar sobre qualquer outra Maria que compõe a mesma, uma vez que o dom
da escrita veio com ela, as palavras simples, com vocabulário cotidiano, fluem
dos dedos da escritora com tanta facilidade quanto delicia nosso apetite por
palavras e textos, facilmente digeríveis e deliciosamente bem elaborados.
A autora não se
preocupa apenas com o pecado das letras, ou qualquer paradigma crítico, deixa
as palavras fluírem da sua alma, ainda que rigorosamente corretas.
Deixar seu
trabalho na história não será difícil, uma vez que é uma das melhores cronistas
contemporâneas que conheço e já deixei clara a comparação até mesmo com Clarice
Lispector, uma das maiores damas das crônicas de nosso país. E cada nova obra
vinda da “transpiração” da autora é para nós um presente ao leitor do hoje, e
mais que isso, é uma certeza da existência da obra e uma herança para o leitor
do amanhã.
Brindemos!
Izabelle
Valladares
Escritora
e Presidente da LITERARTE
ORELHA:
Em
seu mais novo trabalho com a palavra, Maria Luiza lança um olhar apurado acerca
do cotidiano e transita com competência pelos mais diversos assuntos. Desde sua
experiência pessoal como avó; a paixão pelos livros e pela escrita; até o uso
das redes sociais e suas implicações. O leitor tem em mãos uma prosa fluida, de
rara sensibilidade e um convite ao debate e à reflexão, típico dos bons
cronistas.
Vanessa
Regina
Poeta
e Mestre em História da Literatura
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