É sabido que as mulheres, cada vez mais, investem em suas profissões, carreira, sonhos, antes de pensar em ser mães e ficarem atreladas a um bebê o dia todo.
Sem tapar o sol com a peneira, mesmo que existam creches, avós disponíveis, babás, etc, é da mãe que se espera a responsabilidade maior com os rebentos.
Como desistir das viagens sonhadas, das promoções, dos novos cursos, sabendo que, a partir do filho, tudo isso terá que ser, no mínimo, adiado por tempo indeterminado?
E se vão somando os sucessos, os diplomas, as aventuras, as noitadas, o dormir até tarde nos finais de semana, a falta de horários, o descompromisso, o fazer o que quer na hora que tem vontade, até que um dia, sem aviso prévio, seus olhos começam a espiar para dentro dos carrinhos de bebês nas praças, ou se detém nas vitrines cheias de roupinhas de crianças, ou ainda ela começa a experimentar pegar no colo os bebês das amigas e sente que desperta nela alguma coisa não sentida até então, algo quase inexplicável que, na falta de nome melhor, passaram a denominar de "instinto materno". Os hormônios enlouquecem e tudo passa a ser secundário diante daquela vontade imperiosa de gerar o maior amor do mundo, a sua continuidade.
De forma natural, nem tudo será possível, ainda bem que a medicina da reprodução assistida evoluiu muito no Brasil. Agora, é preciso que se desmitifique algumas crenças, que não correspondem à realidade e podem condenar a gravidez tardia ao fracasso.
É importante saber que, mesmo com os avanços da ciência, não é fácil engravidar após os 40 anos, por exemplo. A chance de gravidez natural aos 40 anos é de 10% e com a ajuda da medicina passa a ser, no máximo, de 20%. Acima dos 42 anos a chance natural é de apenas 5% e com tratamento de até 10%.
Portanto, é bom que as mulheres saibam que não dá para adiar demais a maternidade, pois, mesmo com toda ciência, esse sonho pode se tornar impossível.
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