O computador revolucionou todos os campos da vida das
pessoas, mais até do que o telefone. A internet, as redes sociais aproximaram
gente que não se via há anos, outras que jamais se encontraram, antigos
colegas, parentes distantes, afinidades insuspeitadas.
Num passe de mágica podemos conhecer a descendência dos
amigos, visitar lugares por onde os conhecidos vão, rever fotos antigas e, como
uma verdadeira rede, ir pescando um e outro daqui e dali, por indicação de um
terceiro, até chegarmos nas pessoas queridas e festejarmos sua inclusão digital.
Lamentamos profundamente quando alguns amigos e contemporâneos
resistem e não participam dessa roda que nos aproxima, nos faz reviver e
reinventar um passado e um presente muito mais compartilhado e recheado de boas
surpresas.
Pensar sozinho quase não tem graça, quando pensamos e compartilhamos
nossas ideias, elas logo são enriquecidas com os comentários dos amigos e um
mundo sempre maior e mais pleno se descortina para nós.
Não existe solidão diante de um computador conectado aos amigos.
Estamos sós apenas na aparência, porque interagimos, conversamos, rimos,
partilhamos coisas, como se estivéssemos com a sala de visitas lotada.
Nem todas as pessoas podem sair à noite, nem todas as pessoas
recebem visitas diariamente, nem todas são convidadas para festas. Então, ao
invés de ficar assistindo o apocalipse pela televisão, a gente se conecta aos amigas,
e fica trocando ideias, lendo, olhando fotografias, lembrando disso e daquilo,
exibindo filhos e netos e recebendo sempre elogios generosos, porque vindos do
coração.
As redes sociais estão sempre nos surpreendendo. Pessoas que
conhecíamos superficialmente na juventude e com as quais trocáramos poucas
palavras, hoje nos demonstram que possuíam um recheio muito interessante e
gostoso de compartilhar.
Mesmo quem tem opções políticas diferentes, ou torce para
outros times de futebol, quando há respeito, dá muito bem para conviver sem agressões,
sem mágoas, sem ofensas. E quem não consegue isso, não merece fazer parte da
nossa lista de amigos. É tão fácil, basta “desfazer a amizade”. E pronto.
Por tudo isso, na nossa idade, que não é a melhor, mas é a
que temos, as redes sociais fazem muito bem! Bobo daquele que, imitando os mais
jovens, se afasta “para não se comprometer”, não correr riscos. Tem que saber
usar, selecionando com critério as amizades, publicando só o publicável e
usando o recurso do “inbox” para assuntos mais pessoais, endereços, telefones,
etc. Simples assim.
Enquanto bolei este texto, assistindo à novela das 21h, meu
marido ria alto diante do notebook, conversando com as primas, comentando
coisas, enfim, ele, que não gosta de novela e queria ficar por perto, estava
numa sala de visitas virtual, cheio de amigos, num bate-papo animado, embora
estivéssemos só os dois em casa.
É ou não é bom fazer parte desse jogo?!
2 comentários:
Pois é as redes sociais estão aí então vamos aproveitar . Através dela, converso com filhos e netos pelo spyke, reencontrei amigos depois de 40 anos, e fiquei amiga de outros de minha terra, que não convivi mas que eram conhecidos.Como tudo, tem que ter critérios, saber usar e compartilhar sem estresse.
Maria Luiza, conseguiste dizer TUDO sobre o tema. Excelente! Parabéns!
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